Segundo este acordo, apontado como "histórico", os novos filmes da Universal ficarão disponíveis em sistemas de vídeo on demand 17 dias após a exibição nas salas.
Historicamente, os grandes filmes ficavam em média três meses em cartaz antes de irem para qualquer outra plataforma.
"A experiência teatral continua a ser o coração do nosso negócio", informou em comunicado Donna Langley, diretora da empresa Universal Filmed Entertainment Group.
"A associação forjada com a AMC é impulsionada pelo nosso desejo mútuo de assegurar um futuro próspero para o ecossistema de distribuição de filmes e satisfazer a procura dos consumidores", acrescentou.
Não foram dados detalhes do acordo, mas a AMC, a maior rede de cinemas da América do Norte, com mais de 8000 salas, receberá parte da receita com o modelo video on demand.
"A AMC abraça com entusiasmo este novo modelo de indústria, tanto porque estamos a participar na totalidade da economia da nova estrutura, como porque o vídeo premium 'à la carte' cria o potencial agregado de aumentar a rentabilidade dos estúdios cinematográficos, o que por sua vez deveria levar à produção de mais filmes", disse o diretor-executivo da AMC, Adam Aron.
"Este acordo plurianual preserva a exclusividade da exibição em salas de cinema durante pelo menos os três primeiros fins de semana de estreia de um filme, quando normalmente é gerada a maior parte da receita de bilheteira", acrescentou.
"A Universal e a AMC acreditam que isto expandirá o mercado e beneficiará todos", concluiu.
O acordo surpreendeu, pois as duas companhias estavam em conflito depois de a Universal Pictures ter antecipado estreias digitais neste momento difícil para a indústria, devido à pandemia do novo coronavírus, que levou ao fecho de salas e paralisou produções.
Em abril, a AMC anunciou que não projetaria nenhum filme da Universal nas suas salas depois de o estúdio ter lançado a sequela do filme infantil "Trolls: Tour Mundial" diretamente em plataformas digitais em pleno confinamento devido à COVID-19.
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