A adaptação ao cinema de "Dune", o primeiro livro de Frank Herbert, era um sonho antigo de Denis Villeneuve.
Os duas partes da saga épica de ficção científica estão entre os seis filmes em que o realizador também tem um crédito como argumentista e o primeiro, de 2021, é mesmo até agora a única nomeação para os Óscares da carreira.
Mas as palavras estão longe de estar entre o que mais gosta nos filmes.
“Sinceramente, odeio o diálogo. O diálogo são para o teatro e para a televisão”, disse o realizador ao jornal britânico The Times, citado pelo Deadline.
"Não me lembro de filmes por causa de uma boa frase, lembro-me dos filmes por causa de uma imagem forte. Não estou interessado em diálogo. Imagem e som puros, esse é o poder do cinema, mas é algo que não é óbvio hoje em dia quando se veem filmes", notou.
O realizador foi ainda mais assertivo no que estava a pensar: "Os filmes foram corrompidos pela televisão".
Descrevendo o seu cinema preferido, acrescentou: "Num mundo perfeito, faria um filme cativante que não parecesse uma experiência, mas também não tivesse uma única palavra. As pessoas sairiam da sala a dizer: ‘Um momento, não houve diálogo?’ Mas não sentirão a falta”.
"Dune - Duna: Parte Dois" chega esta semana aos cinemas portugueses.
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