A morte de Margot Kidder, a Lois Lane dos filmes "Super-Homem" com Christopher Reeve, foi considerada suicídio.
A atriz foi encontrada morta na sua casa em Montana (EUA), a 13 de maio. Tinha 69 anos.
O anúncio foi feito pelo médico legista de Park County em comunicado conjunto com a família da atriz, onde é feito um apelo aos"que sofrem de doenças mentais, dependência e / ou pensamentos suicidas para procurarem aconselhamento e tratamento adequados".
Em 1996, Margot Kidder teve uma depressão nervosa e problemas psiquiátricos, que ganharam grande repercussão pública internacional ao desaparecer durante quatro dias. Foi encontrada pela polícia na pior zona de Los Angeles sem documentos, mas não antes de ter sido agredida e vítima de uma tentativa de violação. Acabou diagnosticada como maníaca depressiva.
Natural do Canadá, Margot Kidder participou em alguns filmes de pouco impacto e séries no seu país antes de ganhar visibilidade ao lado de Gene Wilder na comédia "Quackser Fortune Has a Cousin in the Bronx" (1970), o "thriller" "Sisters" (1972) e o drama "O Grande Circo" (1975), com Robert Redford, além da série "Nichols"(1971), que tinha como estrela James Garner.
Foram passos seguros e a explosão deu-se com "Super-Homem" em 1978, com a carreira a solidificar-se logo no ano a seguir com o filme de terror "Amityville - A Mansão do Diabo".
A década seguinte começou da melhor forma com a sequela "Super-Homem II: A Aventura Continua", e as comédia "Heartaches" (1981), que lhe valeu um Genie, o "Óscar" canadiano, e "Some Kind of Hero" (1982), onde partilhada o protagonismo com Richard Pryor.
Só que, tal como aconteceu com Christopher Reeve, instalou-se a "maldição do Super-Homem", ficando para sempre cristalizada como a jornalista do Daily Planet e para isso não ajudou ter regressado para os muito inferiores "Super-Homem III" (1983) e "Super-Homem IV: Em Busca da Paz" (1987).
Em 1990, Margot Kidder sofreu um grave acidente de automóvel, que a deixou numa cadeira de rodas e afastada durante dois anos.
Conseguiu posteriormente recuperar a carreira trabalhando de forma regular em filmes do circuito independente (destaca-se "O Coleccionador de Caixas"), peças de teatro e séries.
No pequeno ecrã, entrou por exemplo em "Irmãos e Irmãs" e "A Letra L", e ganhou um Emmy em 2015 pela série infantil "R.L. Stine's The Haunting Hour".
Regressou ainda "às origens" com os dois episódios da quarta temporada de "Smallville", que retratava a juventude do Super-Homem enquanto Clark Kent, contracenando com Annette O'Toole, que além de ser a mãe do futuro super-herói, também foi Lana Lang em "Super-Homem III".
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