Esteve para se chamar «Três mil dólares», numa referência à proposta de negócios que o empresário rico Edward Lewis faz à prostituta Vivian Ward que conheceu nas ruas de Beverly Hills, e ser um drama pesado sobre diferenças de classe e prostituição, antes da «magia» de Hollywood transformar o projeto numa comédia romântica chamada «Pretty Woman».
Mesmo aí, o filme podia ter sido muito diferente se Al Pacino, Christopher Reeve, Daniel Day-Lewis ou Denzel Washington tivessem aceite ser Edward, ou Meg Ryan, Michelle Pfeiffer, Karen Allen, Molly Ringwald ou Daryl Hannah não achassem o papel de Vivian «degradante» para as mulheres.
Realizado por Garry Marshall, «Pretty Woman - um Sonho de Mulher» estreou a 23 de março de 1990 e impulsionado pela história de Cinderela moderna, o par Richard Gere-Julia Roberts e a canção do título de Roy Orbison e depois «It Must Have Been Love», dos Roxette, tornou-se um fenómeno popular, cultural e, finalmente, um dos três filmes mais rentáveis do mundo nesse ano.
Nesse processo, transformou Roberts, a rapariga de «Pizza, Amor e Fantasia» e «Flores de Aço», numa estrela de cinema, quando tinha apenas 22 anos, e ressuscitou a carreira em crise de Gere.
O impacto foi tal que durante anos Hollywood tudo tentou para avançar uma sequela ou, pelo menos, juntar o par (e o realizador) num novo filme, o que acabou por acontecer em 1999 com «Noiva em Fuga», comprovando, acima de tudo, que a primeira vez tinha mesmo sido magia única.
25 anos mais tarde, «Pretty Woman» ainda é a quarta comédia romântica mais bem sucedida de todos os tempos e para isso contribuíram vários atores em grandes e pequenos papéis.
Comentários