"Não sei o que dizer, que espelunca!", brincou sir Elton John, sentado ao piano, de casaco escuro e óculos de cor laranja.
Tocar aqui é "a cereja em cima do bolo", disse o britânico antes de cantar "Your Song", uma balada onipresente no seu repertório.
Sob uma enorme tenda transparente montada no relvado da Casa Branca, havia cerca de 2000 convidados: ativistas, em particular dos direitos LGBTQ+, profissionais de saúde e professores. Segundo a Casa Branca, entre os presentes estavam a vencedora do Prémio Nobel da Paz Malala Yousafzai e a ex-campeã de ténis e ativista Billie Jean King.
Elton fez o público rir, ao contar uma conversa com George W. Bush, cuja mulher, Laura, estava presente. Uma vez, contou ele, o ex-presidente pediu-lhe que o ajudasse a convencer França a dar mais dinheiro para a luta contra a sida: "Consiga que os franceses deem mais dinheiro!".
Segundo a Casa Branca, o evento pretendeu mostrar o poder unificador da música. Mas era difícil não pensar no ex-presidente republicano Donald Trump, um fã de Elton John, enquanto este cantava "Rocket Man", um dos seus inúmeros clássicos.
"Rocket Man" foi o apelido dado por Trump ao ditador norte-coreano Kim Jong-un. Trump costumava recorrer a canções de Elton John nos seus comícios, especialmente "Tiny Dancer", outro tema que o artista apresentou na Casa Branca.
O britânico, que aos 75 anos está em digressão pelos Estados Unidos, agradeceu a Biden pelo convite, mas também elogiou o ex-presidente George W. Bush.
"Desejo apenas que os Estados Unidos sejam capazes de superar as divergências partidárias", afirmou, antes de retomar seu espetáculo de 40 minutos, encerrado com "I Am Still Standing".
No final, Biden condecorou o artista com a Medalha Nacional de Humanidades.
"Nunca fiquei atónito, mas agora estou", disse o artista, emocionado, ao receber a distinção.
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