O percurso musical de Frankie Chavez é bastante peculiar. Depois de ter lançado, em 2010, o EP homónimo a convite de Henrique Amaro (Antena 3) e com a chancela da Optimus Records, eis que surge este ano com o seu primeiro álbum de originais,intitulado “Family Tree”.

Este álbum transporta qualquer ouvinte para uma sonoridade completamente diferente. E se acha que é impossívelfundir aguitarra portuguesa com a sonoridade do blues, engane-se. É isso que distingue Frankie Chavez: mistura de sons, experimentação de novas melodias agradáveis ao ouvido e apropriadas para vários estados de espírito.

O local escolhido para o showcase de apresentação do seu novo disco foi o Miradouro das Portas do Sol, em Lisboa. Com o Tejo como pano de fundo, um palco improvisado para o evento e rodeado pelos seus instrumentos, Frankie Chavez aqueceu todos os presentescom as suas melodias.

Amigos e espectadores atentos do seu trabalho receberam e acarinharam o cantor durante o espectáculo que não teve mais de 30 minutos de duração. Este começou com “I Don’t Belong”, continuandocom“Old Habbits” e coma versão de um clássico de Robert Johnson “I Believe I’ll Dust My Broom”.

Frankie apresentou-se bastante tranquilo e seguro, nomeadamenteenquanto trocava de guitarras, ao mesmo tempo que colocava a sua harmónica em substituição à sonoridade de um saxofone para tocar a música “Another Day”. Brindou, também,a todos os presentes e agradeceu também pelo apoio e divulgação do seu trabalho. Conseguiu transformar a noite gelada num ambiente bastante intimista e o público reagiu à altura.

De guitarra portuguesa na mão, Frankie Chavez encantou ao tocar “Airport Blus” e, por fim, o tema que deu notoriedade ao “one man band”, intitulado “The Search”, escolhido comotema oficial do campeonato de surf em Portugal em 2009. Satisfeito e entusiasmado, o público aclamou o cantor e este ainda tocou um último tema: “Come Together”, dos eternos The Beatles.

Cantautor, tocador de mil e um instrumentos, é mais do que uma promessa no panorama musical português. É a confirmação de que este se pode reinventar, chegar mais além sem deixar de mostrar o que Portugal tem de melhor e abraçar todo o tipo de públicos. Por isso, as portas estarão sempre abertas para os ritmos electrizantes e crus de Frankie Chavez.

Ana Cláudia Silva