Nome maior do catálogo da 4AD (Pixies, Dead Can Dance, National), os This Mortal Coil editam agora uma cuidada box set com todos os seus discos de originais remasterizados por John Dent a partir das cassetes analógicas originais. Um quarto álbum, «Dust & Guitars», que reúne todos os singles da banda, um tema inédito e a versão de «We Never Danced», de Neil Young, faz também parte da apetecível caixa. Destaque para o renovado grafismo a cargo de Vaughn Oliver (Pixies, Cocteau Twins, Breeders).
Nunca antes editado em formato físico, o tema «Chase the Tear», dos Portishead, surge agora em vinil, pela mão da XL (Adele, Vampire weekend, White Stripes). Edição limitada em 12", vem acompanhada de uma versão pelos Doldrums e o lucro obtido com a sua venda reverterá, por completo, para a Amnistia Internacional.
Ligada desde tenra idade ao movimento punk da zona oeste dos Estados Unidos (Portland), Laura Veirs é hoje um nome maior dentro do panorama folk norte-americano. Após «July Flame» (2010), Laura reúne em «Tumble Bee» uma colecção para crianças de versões de artistas folk do início do século XX, entre os quais Jimmie Rodgers, Woody Guthrie, Peggy Seeger e Harry Belafonte. Produzido pela própria e Tucker Martine (My Morning Jacket, The Decemberists, Sufjan Stevens, R.E.M.) na sua casa em Portland, o disco foi inspirado pelo nascimento do seu filho Tennessee e pelos fãs que ao longo dos anos lhe foram confessando o quanto as crianças gostam da sua música. Antologia da folk americana, «Tumble Bee» conta com participação de Colin Meloy dos The Decemberists, Jim James e Carl Broemel dos My Morning Jacket e Basia Bulat.
Alter-ego de Daniel Lopatin, o projecto Oneohtrix Point Never está na linha da frente do que de mais inventivo se faz nas electrónicas dos nossos dias. Quem o diz não somos nós, antes publicações como a Wire, Pitchfork, Fader, Guardian ou XLR8R. Sucessor do aclamado «Returnal» (2010), «Replica» encontra Lopatin em topo de forma. Masterizado por Joe Lambert (Dirty Projectors, Dan Deacon, Animal Collective) e misturado pelo amigo de sempre, Al Carlson, «Replica» traz-nos atmosferas de pianos ECM, drones circulares de sintetizadores, delays de cassetes, samples de anúncios de TV e filtros analógicos, num disco lírico e plácido. Oneohtrix Point Never apresenta-se ao vivo no nosso país em dezembro.
Apadrinhados pela BBC Radio 1, os Japanese Voyeurs são um quintento londrino de rock alternativo e revivalista que tem em «Yolk», o seu disco de estreia. Produzido por GGGarth Richardson (Rage Against the Machine, Melvins, Jesus Lizard) nas florestas canadianas, «Yolk» conta com a participação do grande J. Mascis (Dinossaur Jr) na música «Feed». Rock cru, influênciado por nomes como L7, Kyuss, Nirvana e PJ Harvey, o som dos Japanese Voyeurs tem na voz de Romily Alice um poderoso trunfo.
Isto não é a Suécia dos anos 80 mas já esteve mais longe. Estamos em 2011 e Hank Erix e Freddy Allen são dois jovens a sonhar com tournées ao lado de Journey, Foreigner ou Bon Jovi. Depois da estreia, ainda este ano, com o homónimo Houston, os suecos estão de regresso com o mini-álbum «Relaunch». Produzido por Ricky B. Delin, Relaunch conta com uma composição original, duas faixas bónus acústicas e uma mão cheia de covers de bandas de rock fm dos 70. Entre elas os Dakota e Michael Bolton. Pelo amarelo, pelos tempos áureos das jaquetas de ganga, pelos Boston, Survivor, Foreigner e Journey, senhoras e senhores: os Houston, reis das versões de rock melódico.
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