A nova direção da banda foi confirmada à “Uncut” por Rostam Batmanglij, multi-instrumentista: “O objetivo foi usar sons orgânicos e pô-los num contexto que nunca ouvido antes. É, certamente, mais escuro e enérgico do que o ‘Contra’. Muitas das suas canções são sobre conflito. São sobre as escolhas que podemos fazer, sobre ser capaz de fazer o que queremos com as nossas vidas”.

O músico continuou: “Com o ‘Contra’ estava interessado nas sonoridades de Nova Iorque nos anos 80, mas este álbum vai mais fundo. Insere-se nos anos 50 e parte dele soa a jazz, mas decomposto nos seus elementos mais básicos e tocado de uma forma muito simples. É mais de um tipo subtil de complexidade e traz uma intimidade às performances, tanto vocais como instrumentais, muito especial. Acho que o som do piano é central para o disco”.

Batmanglij adiantou ainda o título de algumas músicas presentes no registo, como Don’t Lie, Hudson e Unbeliever, comparando as novas canções a Bob Dylan e aos The Clash, e confessando que os seus amigos lhe contaram que as canções soavam assustadoras.

Recorde-se que, em junho passado, o vocalista Ezra Koenig admitiu quea criação donovo longa duração estava a revelar-se um processo longo, dando a entender, contudo, que o disco estava prestes a ser terminado.

“Nós sempre tentamos escrever e gravar ao mesmo tempo. Penso que temos 80 por cento das canções, neste momento”, disse, na altura.

O disco ainda não tem título nem data de edição prevista.

Sara Novais