Na véspera de começar o festival em Las Vegas, com o arranque marcado para sexta-feira, Roberta Medina, filha do empresário e vice-presidente do festival, contou à agência Lusa que nesta primeira edição o maior desafio “é que as pessoas compreendam o que é o Rock in Rio (RiR)”.

“Não tem nada parecido aqui. O que há é festivais tradicionais como Coachella. Por mais que se fale do Rock in Rio ninguém entende até na hora em que entra e olha”, afirmou.

Com um orçamento total de 75 milhões de dólares (66 milhões de euros) - o orçamento do RiR em Lisboa ronda os 25 milhões de euros -, o festival é uma ideia antiga de Roberto Medina, o publicitário brasileiro que em 1985 criou um festival de música de grande escala no Rio de Janeiro.

“É um sonho antigo e com um risco calculado. O processo de construção é muito diferente e mais lento. É um mercado mais agressivo e maior”, sustentou Roberta Medina, referindo-se à “dinâmica de patrocinadores”, essencial para garantir a sustentabilidade do evento.

Esta primeira edição do RiR de Las Vegas decorrerá nos dias 8 e 9, 15 e 16 de maio num recinto construído pela empresa MGM Resorts International junto a um dos hotéis de Las Vegas.

Com capacidade para acolher 85.000 pessoas, Roberta Medina tem a expetativa de receber 50.000 espectadores diários nesta primeira edição, que contará com artistas como Metallica, Taylor Swift, No Doubt, Bruno Mars e Sam Smith.

Sobre o perfil do espetador desta edição em Las Vegas, Roberta Medina tem a perceção que “muita gente que já comprou ingresso não sabe ao que vem. Está vindo pelos artistas e por alguma coisa que viu nos media”. As compras de bilhetes revelam que são de 32 países diferentes e estarão presentes pessoas de quase todos os estados norte-americanos.

Com a Cidade do Rock quase a abrir portas em Las Vegas, a cidade do jogo e da diversão, - com um espetáculo de abertura pela companhia Cirque du Soleil - a organização do Rock in Rio tem já em movimento o Rock in Rio no Brasil, a edição dos 30 anos prevista para setembro. Em 2016 regressará a Lisboa.

Quanto a Las Vegas, Roberta Medina recordou que há contrato para mais duas edições, em 2017 e 2019, embora “exista um movimento no mercado para que vire anual”.

@Lusa