O Rock in Rio Febras, que se realiza em 22 de julho em Briteiros S. Salvador, no concelho de Guimarães, distrito de Braga, teve uma “enorme repercussão e mediatismo”, depois de se saber que a empresa responsável pelo Rock in Rio Lisboa notificou a organização do festival a mudar de nome, alegando uso indevido da marca e concorrência desleal.
“Amigos do Festival de Rock que acontece perto do Rio Febras. Foi com muito humor e boa disposição, mas também com um certo sentimento de satisfação que fomos surpreendidos pelo alarido causado pela notificação que vos foi enviada sobre o uso indevido da nossa marca registada pelo vosso tão engraçado comunicado, que gerou uma onda viral nos meios de comunicação e redes sociais do país, nos últimos dias”, refere o Rock in Rio Lisboa, numa publicação (‘story’) do Instagram, colocada perto das 00h00 de hoje.
O Rock in Rio Lisboa diz que “é (com um enorme sorriso)” que constata que o pequeno festival de Briteiros S. Salvador “tem também uma componente solidária e é feito por um grupo de jovens voluntários”.
“Agradecemos por reconhecerem a nossa energia contagiante e diversidade musical e, sobretudo, a nossa história que conta já com mais de 38 anos. Queremos abraçar toda a comunidade do festival que acontece “around [à volta]” Rio Febras e celebrar as diferenças e a união pela música “for a better World [por um Mundo melhor]” ou, em português, desejamos de coração o melhor ao vosso festival”, lê-se nas ‘stories’.
O Rock in Rio Lisboa espera ainda “estar a contribuir para o sucesso” da 2.ª edição do “festival no Rio Febras”.
“Afinal de contas, é a música, as grandes causas e a alegria das pessoas que nos movem e, por isso mesmo, adoraríamos convidar todos a mergulharem no ritmo do festival no Rio Febras e seguir com essa mesma energia até junho de 2024, no Parque da Bela Vista [em Lisboa]. Vamos celebrar juntos os 20 anos da chegada do nosso festival a Portugal. Quem sabe se não surgem colaborações incríveis e surpreendentes no futuro?”, escreve o Rock in Rio Lisboa.
A publicação termina com a seguinte frase: “Com paz e amor. O festival que acontece em Lisboa”.
Na quarta-feira, a organização do Rock in Rio Febras também disse estar surpreendida com a dimensão nacional que o festival atingiu, após a polémica com o Rock in Rio, acrescentado que até já foi contactada por excursões de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Casa do Povo de Briteiros, Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que organiza o evento, deu conta de que o festival “assumiu uma dimensão que está a ultrapassar tudo” o que era expectável.
Vasco Marques contou que na primeira edição do Rock in Rio Febras, realizada em 2022, passaram pelo recinto cerca de 1.500 pessoas ao longo de todo o dia.
Face à procura que o festival deste ano – que terá cinco bandas e quatro DJ locais a atuar – está a ter, a organização vai fazer algumas alterações para “duplicar ou triplicar a capacidade” do parque fluvial de Briteiros, nas margens do rio Febras.
Quanto ao novo nome a dar ao festival, o presidente da Casa do Povo de Briteiros revelou que será o público a escolher através de uma votação que será posta a correr nos próximos dias nas várias plataformas digitais.
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