«A Montanha Mágica» surge dois anos depois de «A Mãe», um disco denso e complexo. O novo álbum é «inconscientemente um disco mais simples nos arranjos, na composição», explicou Rodrigo Leão à agência Lusa.

O álbum foi composto em dois momentos: final do ano passado e durante o último verão, no Alentejo.

«Peguei na guitarra, no baixo. Já tinha saudades de tocar esse instrumento desde os tempos da Sétima Legião e isso ajudou-me a afastar um bocado daquela influência clássica da música que vinha a fazer», explicou.

Com 12 temas, a maioria dos quais da autoria de Rodrigo Leão, embora existam parcerias na composição com outros artistas, a interpretação ficou a cargo de um núcleo reduzido do Ensemble Cinema, com o qual Rodrigo Leão trabalha há vários anos, precisamente na busca dessa simplicidade.

O disco conta ainda com as participações vocais do australiano Scott Matthew, do brasileiro Thiago Pethit e de Miguel Filipe, músico dos Novembro, que também assina a ilustração da capa.

O guitarrista Tó Trips, dos Dead Combo, o contrabaixista Pedro Wallenstein, Pedro Oliveira e João Eleutério na guitarra elétrica, são outros músicos convidados.

A edição do álbum «A Montanha Mágica» vem acompanhada de um DVD que recupera os primeiros anos da carreira a solo de Rodrigo Leão, com o registo de um concerto no Casino Estoril da digressão «Instrumental».

Assim é possível perceber a evolução da música de Rodrigo Leão, desde os primeiros tempos depois da saída dos Madredeus até à consolidação como músico a solo, de composições cinematográficas e melancólicas.

Rodrigo Leão apresentou as canções do novo álbum no passado dia 26 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa e haverá um segundo espetáculo a 24 de janeiro. No Porto, a apresentação decorrerá nos dias 05 e 06 de dezembro na Casa da Música.

SAPO/Lusa