«Fim do dia» é o novo single de «Zoom», um disco composto por 13 canções produzidas pela própria Mafalda Veiga e pelo baterista Fred Ferreira e que contou com a colaboração de J-Wow (Buraka Som Sistema), João Barbosa e Filipe Raposo.

A cantora irá atuar nas próximas semanas pelo país, subindo já a 25 de novembro, pelas 21h00, ao palco dos Recreios da Amadora para um concerto especial, no âmbito da entrega do Prémio José Afonso 2009, atribuído pela Câmara Municipal da Amadora ao álbum anterior «Chão».

«Zoom» terá a seguir concertos de apresentação a 3 de dezembro em Beja, no Pax Júlia, a 10 de dezembro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, e no Teatro Tivoli, em Lisboa, a 13 de dezembro.

Sobre o álbum

«Eis um exercício de Zoom que não aperta o nosso foco, liberta-o. É uma nova focagem quase provocatória de um universo de canções que podia ter optado por manter-se na zona de conforto, mas decide espreitar cá para fora… Cada uma destas canções, venha o que vier, agarra bem o Mundo.

Este é um Zoom que mostra até pormenores que nem sabíamos que existiam, em canções que já eram de todos há muito, mas afinal ainda tinham tanto para descobrir, e alarga assim a amplitude do nosso olhar sobre elas, com tudo o que trazem consigo, ainda.

Este novo disco da Mafalda é uma finta, elegante e astuta, ao óbvio, e surpreende na forma como encontra tanto lume em canções que estavam habituadas a ver-se ao espelho e a reconhecer, por hábito, cada lugar seu.

O novo som, eu diria a nova inspiração, de canções tão seguras como Cada Lugar Teu, Abraça-me Bem, Lume… é uma inspiração para outras, apenas familiares aos fãs mais habituados a fazer zoom aos álbuns de uma cantautora que tem o vício de se pôr em causa, e neste disco mais ainda.

No fundo, este disco é um disco de canções novas, cada uma à sua maneira: Fim Do Dia, por exemplo, tem finalmente futuro, depois do passado que já tinha; Por Outras Palavras, torna-se um hino definitivo; e a Vertigem, de uma vez por todas, esquece o medo e sai do escuro.

Na luta persistente contra um país de preconceitos, Mafalda Veiga eleva a fasquia e, sem rodeios, desenganos ou demoras, mostra a sua maturidade artística plena, fazendo a única coisa que quem a conhece e admira, ao fim de tantos anos de canções extraordinárias, podia esperar: ser ainda melhor, sem medos, porque o tempo de o ser, é sempre agora, como se ouve em Largar Mais.

Este álbum merece escuta atenta, que é feito de pormenores preciosos, como a carreira da Mafalda merece respeito, que é uma carreira de canções com ZOOM desperto e atento ao Mundo em que vivemos, e ao Mundo que somos, cada um.

Ouça-se este disco inteirinho. Quem o fizer, estou certo, não o largará mais.»

(PEDRO RIBEIRO / Novembro 2011)