Mais de um mês depois da estreia, "Baby Reindeer" continua a liderar o top da Netflix um pouco por todo o mundo e a conquistar novos espectadores. Logo após o sucesso inicial, Richard Gadd e Jessica Gunning apelaram aos fãs para evitarem a tentação de descobrir as verdadeiras identidades das pessoas envolvidas.

Várias pessoas foram erradamente acusadas durante a especulação, mas os 'detetives da Internet' conseguiram chegar com sucesso até Martha: trata-se de Fiona Harvey, uma advogada da Escócia que tem manifestado 'online' a revolta sobre a forma como é retratada e deu a primeira entrevista televisiva ao programa "Piers Morgan Uncensored", que foi transmitida na quinta-feira passada, 9 de maio.

Nos primeiros dias, a entrevista publicada no Youtube somou mais de 10 milhões de visualizações. Em entrevista ao Daily Record, a alegada stalker revelou que a produção do programa lhe ofereceu 250 libras. "Perguntei se era isso que pagavam a todos e, em caso afirmativo, disse que queria ver a documentação. Essa documentação não foi disponibilizada. Não assinei um contrato para a entrevista e vou atrás de muito mais do que uma insignificantes 250 libras", frisou.

"Ficaria contente com um milhão de libras", acrescentou Fiona Harvey.

Durante o programa "Piers Morgan Uncensored", transmitido na quinta-feira à noite no YouTube, a escocesa Fiona Harvey, de 58 anos, que se apresenta como uma advogada, confirmou que a série se baseia nela, mas nega ter amado, perseguido e agredido sexualmente o humorista, atacado a sua antiga namorada ou contactado os seus pais.

VEJA TODA A ENTREVISTA.

Apesar do sucesso global, Harvey diz que evitou ver "Baby Reindeer", mas descreveu à mesma como um 'obsceno' e 'difamatório' trabalho de ficção e que se viu “forçada” a contar a sua versão da história depois de receber ameaças de morte dos 'detetives da Internet' que descobriram a sua identidade.

Acusando-o e à Netflix de mentirem, negou repetidamente ter sido presa ou perseguido Gadd durante anos com 41 mil emails, 350 horas de mensagens no 'voicemail', 744 'tweets', 48 mensagens no Facebook e 106 cartas, garantindo estar preparada pela ir a tribunal defender-se de uma trabalho que descreve como “uma obra de ficção, uma obra de hipérbole”.

Evasiva em várias respostas e vaga nos pormenores apesar de dizer que tem uma 'memória fotográfica', admitiu ter quatro telemóveis e seis endereços de email, mas diz que provavelmente mandou ao humorista 'menos de dez emails', 'uma carta' e talvez 'cerca de 18 tweets'.

“Há dois factos verdadeiros naquele [programa]: o nome dele é Richard Gadd e trabalha como barman em Hawley Arms”, disse.

Questionada sobre o que gostaria de dizer a Gadd, respondeu: 'Por favor, deixa-me em paz, arranja uma vida, um emprego a sério, estou horrorizada com o que fizeste'.