O dramaturgo, argumentista e realizador Aaron Sorkin revelou que sofreu um AVC numa entrevista ao jornal New York Times que ficou disponível na quarta-feira.
A grande preocupação era nunca mais voltar a conseguir trabalhar depois do susto em novembro, quando preparava uma nova versão da peça "Camelot" para a Broadway.
"Houve um momento em que fiquei preocupado que nunca mais iria conseguir voltar a escrever e, a curto prazo, preocupado com o facto de não poder continuar a escrever 'Camelot'", disse o vencedor do Óscar pelo argumento de "A Rede Social" e criador da lendária série "Os Homens do Presidente", para a qual escreveu 150 episódios.
"Deixem-me deixar isto muito, muito claro: estou bem. Não quero que ninguém pense que não posso trabalhar. Estou bem", acrescentou.
Com 61 anos, Sorkin começou a esbarrar em paredes e derramar o sumo de laranja durante as suas deslocações e contactou imediatamente o médico, que confirmou que estava com uma pressão arterial tão elevada que "devia estar morto".
Segundo o jornal, o realizador dos recentes filmes "Os 7 de Chicago" e "Os Ricardos", ainda não tem paladar. Além disso, arrastou as palavras durante cerca de um mês e só recentemente consegue assinar o seu nome.
"Foi principalmente um aviso sério. Achava que era uma daquelas pessoas que podia comer o que quisesse, fumar o quanto quisesse e isso não ia me afetar. Estava enganado", disse.
Sorkin era um fumador inveterado desde o liceu e disse ao jornal que o hábito fazia parte do seu processo de escrever "da mesma forma que uma caneta".
Após o "aviso sério", acabaram os cigarros, os hábitos alimentares foram reajustados e começou a fazer exercício duas vezes por dia.
Após começar por manter a situação em segredo, Sorkin decidiu revelá-la publicamente por uma questão de sensibilização: "já será uma ajuda se conseguir que uma pessoa deixe de fumar".
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