Em causa está o projeto artístico "De Casa para um Mundo", hoje anunciado pela Fundação da Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), e que fará parte do programa da edição 2020 da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira que decorrerá, de 10 de julho a 13 de setembro, naquele concelho do distrito de Viana do Castelo, com o tema "Diversidade - Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte".
No comunicado hoje enviado às redações, a FBAC adiantou que o projeto artístico que tem como curadora Fátima Lambert, e envolve "nomes bem conhecidos das artes visuais e da literatura contemporânea portuguesa, como Pedro Calapez, Albuquerque Mendes, Capicua ou Gonçalo M. Tavares".
"O propósito foi tornar proativo e criativo este isolamento a que ficámos reduzidos e nos afeta a todos. Vamos ativar energias, colocando em diálogo criadores que não se podem encontrar, mas que podem comunicar, concretizando trabalhos de pintura/desenho/técnica mista a partir de um texto de 15 palavras", explica a curadora, citada no comunicado.
Segundo Fátima Lambert, "as contas" do projeto "são fáceis de fazer: 15 escritores + 15 artistas plásticos = 30 autores = 15 obras".
A ideia do projeto artístico "inédito" é repartida pelo autor Manuel Novaes Cabral e pelo artista plástico Sobral Centeno, que em meados de março, aproximadamente duas semanas depois de ter sido declarado o período de confinamento devido à covid-19, lançaram o repto à criação artística "à distância e em tempos de pandemia".
A exposição "De Casa para Um Mundo" será apresentada ao público na biblioteca municipal de Vila Nova de Cerveira, integrada no programa expositivo da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, entre 10 de julho a 13 de setembro.
As duplas de artistas representadas são Capicua e Albuquerque Mendes, Afonso Reis Cabral e Ana Fonseca, Daniel Maia-Pinto Rodrigues e Ana Pérez-Quiroga, Bernardo Pinto de Almeida e António Olaio, Pedro Eiras e Avelino Sá, João Gesta e Cristina Ataíde, Paulo José Miranda e Francisco Laranjo, Francisco Duarte Mangas e Graça Pereira Coutinho, Maria do Rosário Pedreira e Isaque Pinheiro, Rosa Alice Branco e Susana Piteira, Nuno Higino e Jorge Abade, Gonçalo M. Tavares e Pedro Calapez, Hugo Mezena e Pedro Tudela, Manuel Novaes Cabral e Sobral Centeno, Filipa Leal e Zulmiro de Carvalho.
A Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga da Península Ibérica, dedicada à arte contemporânea, realiza-se desde 1978.
Em 2018, a edição da bienal decorreu entre 15 de julho e 16 de setembro, e recebeu cem mil visitantes. A 20.ª edição apresentou mais de 600 obras, de 500 artistas de 35 países em 8.300 metros quadrados, num total de 14 espaços expositivos.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Portugal regista 657 mortos associados à COVID-19 em 19.022 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 28 mortos (+4,5%) e mais 181 casos de infeção (+0,96%).
Das pessoas infetadas, 1.284 estão hospitalizadas, das quais 222 em unidades de cuidados intensivos, e 519 foram dadas como curadas.
O decreto presidencial que prolonga até 2 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
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