“Serão 75 espetáculos que vão percorrer os 15 municípios desde junho até outubro”, disse hoje o presidente da CIM-BSE, Luís Tadeu, na conferência de imprensa de apresentação do evento, realizada nas instalações da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, na Guarda.

Segundo o responsável, o festival, que contempla um total de 15 projetos artísticos, inclui espetáculos de teatro, música, novo circo, dança contemporânea e performances multimédia.

“Ao fim de dois anos de pandemia, estamos a querer retomar a liberdade na vertente cultural e de convívio das comunidades”, disse Luís Tadeu.

O presidente da CIM-BSE e do município de Gouveia, lembrou que o Festival Cultural Cultura em Rede’22 vem no seguimento do projeto “Cultura em Rede”, desenvolvido em anos anteriores, e pretende “mobilizar novamente os agentes culturais dos diferentes municípios”.

O festival tem uma importância “muito significante” em termos turísticos, por permitir que “haja um reforço cultural do território”.

Luís Tadeu adiantou que o projeto tem 15 associações que são líderes, mas mobilizará um total de 50 coletividades culturais da região das Beiras e Serra da Estrela.

O projeto em rede representa um investimento global de 900 mil euros e é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

O primeiro espetáculo, denominado “Somos filhos do luar e da poesia”, terá lugar no dia 04 de junho, pelas 21:30, em Manteigas.

Na apresentação do programa cultural a diretora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, felicitou a CIM-BSE e os municípios envolvidos pela realização do projeto, por considerar que “juntos somos sempre mais fortes”.

O festival vai criar as condições para o setor cultural ter trabalho, por isso, assumiu que é um projeto que a Direção Regional de Cultura “só poderia acarinhar”.

Susana Menezes também destacou o facto de o Festival Cultural Cultura em Rede’22 refletir “aquilo que de mais genuíno têm os territórios” e temas relacionados com a memória coletiva.

Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, também presente na sessão, saudou a iniciativa que assenta num “triângulo virtuoso” de cultura, turismo e território.

Na sua opinião, com a realização do evento cultural, os municípios envolvidos dão um contributo “importante” para a atratividade turística do território e para a captação de visitantes nacionais e espanhóis.

Pedro Machado considera a iniciativa como um contributo “inestimável” para a reconquista de uma “nova normalidade” após o aparecimento da pandemia de covid-19.

A CIM-BSE, com sede na Guarda, é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).