“Fruto de uma discussão alargada e, em conjunto com as associações de estudantes federadas, entendeu a Direção da FAP não realizar a Queima das Fitas do Porto 2021”, lê-se num comunicado assinado pela presidente daquela estrutura, Ana Gabriela Cabilha.
Tal como já tinha acontecido em 2020, a decisão de cancelar de novo a Queima das Fitas desperta “uma tristeza inexplicável", refere o comunicado.
"Mas, neste momento difícil, é tempo de mostrarmos, mais uma vez, a força da nossa responsabilidade, que se cumpre em sermos Academia, dentro e fora das instituições, cuidando de nós e de todos os que nos rodeiam. Somos jovens que tomam decisões corretas, por mais difíceis que estas sejam”, acrescenta o comunicado da FAP, lembrado que a Queima das Fitas do Porto só teria lugar se estivessem “garantidas todas as condições de segurança para proteger os estudantes, as suas famílias e para controlar a pandemia”.
Na rede social Instagram, a FAP avisa, num vídeo sobre o cancelamento da Queima das Fitas 2021 que em maio a academia vai “honrar” a semana da Queima das Fitas do Porto.
“Voltaremos. Voltaremos a ocupar os espaços que deixámos vazios. O nosso Porto é uma multidão deserta, porque ali estaremos mesmo que dentro de portas. Ninguém tira a academia de nós e a academia devolve-nos sempre a esperança. (…) Voltaremos com mais força, porque somos academia desde o primeiro até ao último dia”.
Em 2021, a FAP escolhe “lembrar”, através de imagens, a Serenata, as noites da Queima, o cortejo, a missa.
“O desígnio da FAP continua sem mudar – Por uma Prioridade na Educação – e é por isso que as prioridades agora passam por assegurar uma formação académica de qualidade, com mais inovação pedagógica, prevenir o abandono escolar precoce e reforçar as condições de frequência do Ensino Superior, para que nenhum estudante fique para trás. Não duvidamos do poder dos instantes adiados”, conclui a federação.
Em 19 de dezembro de 2020, em entrevista à Lusa no âmbito da tomada de posse de presidente da FAP, Ana Gabriela Cabilha havia avançado que a Federação Académica do Porto estava a trabalhar num evento alternativo, caso a Queima das Fitas do Porto de 2021 tivesse de ser cancelada por causa da pandemia de COVID-19.
“Se as condições de saúde não o permitirem e se a segurança dos estudantes ficar colocada em causa, temos outros planos para cenários menos otimistas, que obriguem ao cancelamento da Queima [das Fitas]”.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.821 pessoas dos 794.769 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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