O júri do prémio sublinhou que esta obra ensaística, publicada em 2020 pelas Edições Minerva, é “uma crítica humanizada, para classificá-la de algum modo, elucidativa e atrativa para quem leu ou pretende ler Almeida Faria.”
“Uma leitura que é uma releitura e vice-versa. A fortuna crítica de Almeida Faria, escritor brilhante mas pouco prolixo e a história académica da autora fundem-se e confundem-se. Sem deixar de lado a análise crítica, técnico narrativa e ideológica de Almeida Faria, Cristina Robalo-Cordeiro narra também a sua história como leitora do autor”, lê-se na nota de imprensa sobre a obra agora premiada.
Cristina Robalo-Cordeiro, de 68 anos, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de que foi vice-reitora de 2003 a 2011, é uma ensaísta, tradutora e escritora, que consagrou a sua investigação prioritariamente às culturas e às literaturas francesa e francófonas, tendo igualmente publicado monografias e artigos científicos em literatura comparada e em literatura portuguesa.
É autora de 17 livros, entre ensaios, novelas, romances e traduções, e de cerca de 200 artigos científicos.
Coordenadora do Plano Nacional de Leitura para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Cristina Robalo-Cordeiro já tinha sido distinguida com o Prémio Richelieu Senghor de la Francophonie, em 2008, e condecorado com a Legião de Honra (Cavaleiro), em 2014, e com a Ordem do Infante (Comendador), em 2015.
O Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, atribuído pela APE em conjunto com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, tem um valor monetário de 7.500 euros.
O júri desta edição foi composto por António Apolinário Lourenço, Carlos Nogueira e Helena Carvalhão Buescu.
Desde 2010, o prémio já distinguiu Victor Aguiar e Silva, Manuel Gusmão, João Barrento, Rosa Maria Martelo, José Gil, Manuel Frias Martins, José Carlos Seabra Pereira, Isabel Cristina Rodrigues, Helder Macedo, Joana Matos Frias e Helena Carvalhão Buescu.
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