Numa intervenção durante a cerimónia de inauguração das obras de reabilitação da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia, que representou um investimento de 1,3 milhões de euros, Pedro Adão e Silva argumentou que “a responsabilidade pela Cultura, pela política cultural nunca poderá ser apenas do estado central”, e que “há que reconhecer” o papel que as “autarquias têm desempenhado neste domínio”.
“Quando nós olhamos para a despesa pública com a política cultural, se considerarmos a despesa pública do Estado central ela é sensivelmente a mesma do conjunto das autarquias, o que dá bem conta do esforço financeiro que as autarquias fazem neste domínio e do papel fundamental que têm para manter não só equipamentos, mas a oferta cultural em todos os pontos do país ativa e dinâmica e, claro, os privados que também têm aqui um papel muito importante na Cultura, e que tem de ser reconhecido e valorizado e, também, incentivado”, assinalou o governante.
Pedro Adão e Silva foi mais longe ao admitir “não ver que haja qualquer tipo de competição ou um problema em os privados assumirem um maior papel na Cultura”.
“Vejo isso como algo complementar e necessário”, frisou o ministro, que reiterou a “prioridade dada à Cultura por este Governo, e que continuará a ter tradução no ponto de vista do investimento e da dotação orçamental para a Cultura”.
Em comunicado, a autarquia menciona o facto de a sua Biblioteca Municipal “ser a segunda no país a apresentar percurso tátil para pessoas invisuais (faixa de percurso a preto, e com relevo, sobre o pavimento em mármore)”, bem como a de ser “uma das pioneiras a receber o sistema RFID, para identificação digital de todas as obras (catalogação e identificação digital em todos os livros / material audiovisual)”.
Ainda sobre o percurso tátil, a autarquia informa que este começa no “exterior do equipamento cultural”, e encontra-se “igualmente assinalado na rampa lateral, para pessoas portadoras de mobilidade condicionada”.
O presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, justificou o investimento por as bibliotecas, se constituírem, também como uma forma de permitir “a igualdade no acesso ao conhecimento”, deixando a garantia de que o município manterá o “apoio contínuo à Cultura”.
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