De acordo com a diretora executiva da Convenção Europeia de Teatro (ETC, sigla em inglês), Heidi Wiley, em declarações à Lusa, são esperados na conferência, que decorre sob o tema “Cuidar – Sabemos que cuidar uns dos outros nunca foi tão importante”, “cerca de cem diretores de teatro e artistas dos principais teatros de 30 países da Europa”.
A Conferência Internacional de Teatro decorre desde quarta-feira no Teatro D. Maria II, um dos dois membros portugueses da ETC. “O outro, que se juntou à ETC há não muito tempo, é o Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo. E temos um candidato a membro: o Centro Cultural de Belém”, referiu Heidi Wiley.
A ETC é uma “rede cultural para teatros públicos da Europa”, mas visto que está “organizada como associação”, também é possível tornarem-se membros “teatros ou salas de espetáculos que trabalham com teatro contemporâneo”.
“A ETC oferece projetos artísticos de colaboração, programas de desenvolvimento profissional e a voz no ‘lobbying’ pelo Teatro. É sobre dar e receber, fazer parte, estar comprometido, estar ativo para moldar aquilo a que chamo Teatro ‘feito na Europa’, para que tenhamos visibilidade enquanto setor que tem sofrido muito durante a pandemia”, referiu.
Se o Teatro já era “um setor frágil” antes da pandemia da covid-19, agora enfrenta “muitos desafios para encontrar o seu lugar desta sociedade muito rápida e dinâmica”, em que há “várias crises, como a guerra na Ucrânia e a crise energética”.
“Estamos a tentar encontrar as melhores práticas, o que funciona bem num sítio, que possamos partilhar noutras áreas, soluções conjuntas, posições conjuntas. Tornar o Teatro mais forte”, disse.
Heidi Wiley está consciente das dificuldades financeiras e questões de subfinanciamento que enfrentam os teatros portugueses, e salienta que “não é, obviamente, uma situação que se passa apenas em Portugal”. “É uma situação semelhante à que enfrentamos em toda a Europa, também nas artes performativas, em instituições, companhias independentes”.
Até domingo, o Teatro Nacional D. Maria II, parceiro na organização da conferência, será palco de vários debates, apresentações e reuniões, nos quais serão abordados temas como a sustentabilidade ou as condições laborais. O programa também inclui espetáculos.
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