Ao segundo dia do festival, um festivaleiro disse-nos que o que falta aqui é uma prancha de surf mecânica. Porque não? O Sapinho esteve à conversa com os festivaleiros d'O Sol da Caparica para saber o que de melhor há no recinto, o que lá falta e que objeto não se pode esquecer em casa para vir até cá. As respostas, por vezes, são surpreendentes. 

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Natasha, 23 anos, e Kevin, 22 anos.  O que é que trouxeste para O Sol da Caparica e não podia ter ficado em casa? Natasha responde sem hesitar: “os amigos!” Com ela estão dois amigos e uma amiga, todos a jogar às cartas. Já vieram ontem e hoje repetem a dose. Natasha estava à espera de mais relva e de menos areia. Aliás, tal verificou-se em Buraka Som Sistema, ontem, quando a poeira começou a levantar devido às danças mais excêntricas.

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“Estás a ver o touro mecânico? Teres uma prancha de surf mecânica”, é esta a sugestão de Kevin para tornar O Sol da Caparica numa experiência ainda melhor. Trouxe as cartas, “fundamentais”, e não diz ‘boa disposição’ porque isso tem de estar sempre presente. E não se esquece da comida, “como é óbvio”, até porque há muita variedade de barracas de comida neste festival. Mas há outro ponto positivo: “meter curtas ou filmes de animação nos intervalos é bacano para pessoal da nossa idade ou mesmo para mais velhos”.

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Três amigas. Acabaram de chegar, mas já estão a absorver toda a atmosfera. Vieram para “curtir mesmo à grande”, dizem. Elogiam a ideia de se fazer um festival na Margem Sul ao sabor do sol, e não têm dúvidas que é “algo que se tem de continuar a fazer”. À primeira edição, O Sol da Caparica parece já ter conquistado o público. Apesar de a mais nova querer um festival com nomes internacionais (“Snoop Dog é que era! Legalize”), as duas mais velhas vincam que esta é uma excelente oportunidade para os artistas portugueses.

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Mais três amigas. Estão sentadas num banco a conversar. O Sapinho interrompe a conversa para iniciar uma outra: o que acham deste recinto? “É um espaço bastante agradável! Estou a gostar bastante”, diz Carina. Todas promovem o facto de este ser um festival que junta o sol à praia e à música. E o que trouxeram que não podia faltar? “Casaco porque logo vai estar frio”, diz Tânia. Estão um pouco perdidas quanto ao cartaz, mas nós ajudamos: “vim ver Dead Combo…”, diz Sara. “Isso foi ontem”, respondemos. “Aiii, já me estragaram a vida (risos)”. Afinal, vão é ver Pedro Abrunhosa.

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André, 21 anos, e Ana, 21 anos. O sol chamou André até à Caparica, mas foi a música que o fez ficar. O que está a faltar no recinto? “Água!”, diz sem hesitar. Na verdade, o que André queria é um sítio onde se refrescar. Como não tem onde o fazer, vai apoiar-se na música para aguentar o calor. E o que não pode faltar na mochila? “O bilhete”, responde outra vez sem hesitar. “De outra forma ficamos à porta!”. Ana, por outro lado, a sair do concerto de Orlando Santos, diz que “dinheiro é que não pode faltar”. E assinala o que fizeram aos caixotes de lixo como um belo trabalho.

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 Fotografias: Joana Jesus