De acordo com a editora Quetzal, que publicou, da sua autoria, “Poesia Reunida – O Pouco Que Sobrou de Quase Nada”, Manuel Alberto Valente foi distinguido “por toda a sua relevante trajetória e apoio aos autores e, em geral, à literatura em espanhol”, estando a cerimónia de entrega agendada para quinta-feira, às 18h30, na Embaixada de Espanha, em Lisboa.
Manuel Alberto Valente nasceu em Vila Nova de Gaia, em novembro de 1945, e é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, cidade onde reside.
Depois de uma breve passagem pelo jornalismo, tem dedicado toda a sua vida à edição e ao mundo dos livros.
Foi diretor editorial das Publicações Dom Quixote (1981-1991), das Edições Asa (1991-2008) e, de 2008 a 2020, responsável pela Divisão Editorial Literária de Lisboa da Porto Editora, da qual se manteve como consultor.
Publicou em Portugal autores de língua castelhana, como Arturo Pérez-Reverte, Rosa Montero e Luis Sepúlveda, de quem editou toda a obra em Portugal, desde "O Velho que Lia Romances de Amor", ainda na Asa e, depois, na Porto Editora.
Foi também responsável pela continuidade da edição de Quino, em Portugal, através de Mafalda e da coleção Humor com Humor se Paga, da Dom Quixote.
Revelou Milan Kundera no mercado livreiro português, com "A Insustentável Leveza do Ser", acompanhou grande parte dos percursos literários de António Lobo Antunes, Lídia Jorge, Rosa Lobato de Faria. Para a Porto Editora levou autores como Mário de Carvalho, José Saramago e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Como autor, publicou quatro livros de poesia: "Cartas para Elina" (1966), "Viola Interdita" (1970), "Os Olhos de Passagem" (1976) e "Sete (desen)cantos" (1981). Está representado em antologias portuguesas e estrangeiras.
Em 2008, foi distinguido pelo Governo francês com o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
A Ordem de Isabel a Católica é uma das mais importantes condecorações civis de Espanha. Entre os portugueses já distinguidos estão Amália Rodrigues, o embaixador Leonardo Mathias, o escritor Manuel Alegre, o historiador Lourenço Correia de Matos, o antigo primeiro-ministro português e atual secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
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