“Felicitamos o nosso novo presidente, Burhan Sonmez. Esperamos trabalhar estreitamente consigo para cumprir a importante missão da PEN e ocupar-nos das barreiras à liberdade de expressão no mundo”, escreveu a diretora-executiva da organização, Romana Cacchioli, em comunicado difundido no sítio da instituição na internet.
Sonmez, nascido em Haymana, na Anatólia central, em 1965, é um escritor de família curda, que foi detido e torturado pelas suas atividades como líder estudantil e jurista comprometido com os direitos humanos depois do golpe militar de 1980 na Turquia.
Esta memória ficou refletida no romance “Istambul, Istambul”, a sua terceira obra, depois de “Norte” e “Os Inocentes”, que foi seguida por “Labirinto”, em 2018, e “Pedra e Sombra”, em 2021.
“Quando era pequeno, na escola primária, falar curdo com os amigos era um delito e a professora castigava. Tinha uma língua materna que era algo inerentemente perigoso”, recordou, durante uma entrevista ao meio digital MSur, concedida este ano.
Sonmez, que vai dirigir a PEN durante os próximos seis anos, tem numerosos prémios na Turquia, onde é conhecido como defensor dos direitos humanos e pela sua atitude crítica face ao governo.
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