O austríaco Jürgen Pettinger, jornalista na Austrian Broadcasting Corporation (ORF, sigla em austríaco), já perdeu a conta às vezes que acompanhou o concurso, não sabe se “é a oitava ou décima vez”.
Para ele, a canção portuguesa “O Jardim” é “linda”. “A do ano passado [“Amar pelos dois, interpretada por Salvador Sobral, que venceu o concurso] era espetacular, nunca tínhamos ouvido nada assim, nem visto aquela atitude”, recordou.
Em comparação com a do ano passado, o tema interpretado por Cláudia Pascoal “é mais ‘pop’, mas é muito bom”.
Os elogios são partilhados pelo espanhol Gus Hernández, do ‘site’ 20minutos. “É muito boa, na linha da do ano passado”, referiu Gus, que confessou ser “muito fã do Salvador e da mudança que ele fez na Eurovisão”.
Já o israelita Daniel Dunkelman, do ‘site’ da estação pública de televisão de Israel, acredita que “se as pessoas entenderem a canção [portuguesa], pode chegar longe”.
O jornalista “gosta mesmo muito” de “O Jardim” e considera que “a magia” do tema “é que é muito autêntico e serve muito bem a [intérprete] Cláudia Pascoal”.
Já o irlandês John Patrick Egan, do ‘site’ ESC Insight, acha a canção portuguesa “maravilhosa” e “está muito bem em palco”.
Aliás, o irlandês, que está a acompanhar o concurso pela terceira vez, só tem a dizer bem da edição deste ano.
“A organização portuguesa está a dar tudo. É maravilhoso e Lisboa é maravilhosa”, disse.
Para a 63.ª edição, “a Irlanda, seguindo o que Portugal fez no ano passado, decidiu mandar uma canção de que os irlandeses gostam”. “Mesmo que não chegue à semifinal já nos deixa orgulhosos”, afirmou.
Para o israelita esta é a quinta vez que acompanha o festival e garante que “é sempre excitante".
A organização portuguesa “está a fazer o melhor”, afirmou, referindo que “receber este evento a primeira vez é entrar num novo território, porque nada é como isto”.
“Portugal está a fazê-lo muito bem, a dar o melhor. Podia ser melhor, mas nada é perfeito, tenho a sensação que acordaram tarde ou não tinham bem noção do significado deste concurso”, disse, pedindo que não se levasse a mal e repetindo que “a produção é ótima”, mas “é um evento muito complicado de organizar”.
Apesar de a canção israelita ser uma das favoritas (ocupou o primeiro lugar nos ‘sites’ de apostas entre 16 de março e segunda-feira), Daniel Dunkelman lembra que “não há regras, nunca se sabe bem o que acontece”. Apesar de estar confiante numa passagem à final, alerta que Israel está “na semifinal da morte”.
Também a jornalista estónia Katherina Toomemets, do jornal Õhtuleht, que está na Eurovisão pela sexta vez seguida, deixa críticas à organização: “o espaço para a imprensa é mais pequeno do que em edições anteriores, mas tudo corre bem”.
A opinião do austríaco Jürgen Pettinger é bem diferente. Para ele, a organização portuguesa “é perfeita”. “Sentes-te bem-vindo, seguro e tudo funciona bem”, disse.
Para Jürgen é “claro” que o representante da Áustria “vai chegar à final”, embora admita que “será difícil, porque há muitos participantes fortes na primeira semifinal”.
O espanhol Gus Hernández acredita em bem mais do que isso para a canção espanhola. “Vamos ganhar”, disse.
No ano passado, a Espanha acabou o concurso em último lugar. Mas este ano, “os últimos serão os primeiros”.
Dezanove países estão a competir hoje à noite na primeira semifinal da 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção e na qual atuam também o Reino Unido, Espanha e Portugal, automaticamente apurados para a final.
Hoje competem Suíça, Finlândia, Bielorrússia, Bulgária, Áustria, Lituânia, Albânia, Irlanda, Arménia, Chipre, República Checa, Bélgica, Croácia, Islândia, Azerbaijão, Grécia, Israel, Estónia e Macedónia.
O palco desta edição foi montado na Altice Arena, no Parque das Nações, o ‘quartel-general’ do concurso. Os jornalistas estão a acompanhar a cerimónia através de ecrãs montados na zona para a imprensa, instalada ao lado da Altice Arena.
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