"Os herdeiros de Prince nunca deram a sua permissão ao presidente Trump ou à Casa Branca para utilizar canções de Prince e pediram que parem imediatamente todo o uso", tweetou Omarr Baker, meio-irmão de Prince Rogers Nelson, o verdadeiro nome do artista.
Contactado pela AFP, o comité de campanha de Trump não respondeu.
Segundo a imprensa americana, a equipa de campanha de Trump usou um das músicas mais conhecidas do cantor, "Purple Rain", em várias reuniões.
Prince soma-se assim a uma longa lista de artistas cujos herdeiros ou os próprios solicitaram ao presidente que não utilize as suas músicas em atos públicos.
Os Rolling Stones, Adele, Neil Young, R.E.M., Aerosmith e Queen, assim como os herdeiros de George Harrison, denunciaram o uso das suas obras durante encontros republicanos.
A família do falecido tenor italiano Luciano Pavarotti também criticou o uso de "Nessun Dorma", famosa ária de "Turandot" de Puccini, em atos de Trump.
Os políticos americanos podem obter permissão das associações de direitos autorais que os dispensam de solicitar a permissão explícita aos cantores e grupos envolvidos.
O direito americano prevê a possibilidade de um artista pedir que a sua música não seja utilizada caso considere "que a campanha dá a entender que o músico (...) apoia o candidato", segundo a associação americana da indústria do disco (RIAA na sigla em inglês).
Vários artistas, entre eles os Queen, ameaçaram entrar com uma ação na justiça para impedir o uso das suas canções em atos políticos republicanos, mas ninguém colocou a promessa em prática.
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