No evento, no Parque Eduardo VII, promovido pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (CML), vão estar 310 pavilhões e 117 participantes.
A organização destaca a elevada adesão por parte dos editores e livreiros, num contexto de pandemia "e de incerteza económica".
Segundo a nota hoje divulgada, a 90.ª edição da Feira do Livro de Lisboa é a "segunda maior até ao dia de hoje, superando a edição de 2018 em número de pavilhões (310), igualando-a em participantes (117) e aumentando as marcas editoriais (chancelas) presentes (638)".
O evento, adiado três meses, vai estar sujeito a restrições e terá um formato adaptado, para conter a propagação da COVID-19.
O uso de máscara será obrigatório em todo o recinto, tanto por expositores como pelo público.
O número de espaços de restauração foi reduzido, as diferentes iniciativas requerem inscrição prévia junto das respetivas editoras, o auditório principal vai ser ao ar livre, foram criados mais dois espaços semelhantes e a lotação do recinto está limitada a 3.300 pessoas em simultâneo.
"Exigente todos os anos, esta edição foi um desafio acrescido no que diz respeito à sua organização, para garantir que os visitantes se sintam seguros com todas as medidas introduzidas. As pessoas vão encontrar uma feira mais arejada, com alamedas mais amplas, um espaço pensado para obter circuitos de circulação mais fluídos", refere o presidente da APEL, João Alvim, citado no comunicado.
De acordo com a organização, a lotação de visitantes ao mesmo tempo na Feira do Livro de Lisboa é "um número conservador e com uma ampla margem de segurança para aquelas que são as recomendações da Direção-Geral da Saúde, de um distanciamento social de dois metros entre pessoas", podendo vir a ser ajustado durante o evento, "por acordo e sob as orientações da Proteção Civil da CML".
O programa cultural tem "mais de 800 atividades previstas", entre as quais 15 debates promovidos pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, "sobre temas fraturantes da sociedade portuguesa e do que a rodeia, e que têm como ponto de partida livros da coleção da fundação, que serão apresentados em primeira mão".
Entre segunda e quinta-feira, das 21:00 às 22:00, livros lançados há mais de 18 meses têm descontos mínimos de 50%, na chamada Hora H.
Para o Auditório Sul estão programados vários concertos com música de diferentes estilos, "desde o saxofonista Mark Cain, que traz ambientes de jazz/smooth e nu-jazz acompanhados por saxofone, até Matay, movido pela força do gospel e influenciado pelo soul, e passando ainda pelo Concerto Entressonhar, do projeto GEO".
"Em linha com o compromisso de uma feira mais amiga do ambiente" vão ser disponibilizados 30 mil sacos reutilizáveis e, para quem tem mobilidade reduzida, estão à disposição cadeiras de rodas.
Durante a Feira do Livro de Lisboa terá lugar a 5.ª edição do Prémio Literário UCCLA - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa.
A campanha "Doe os seus Livros", uma iniciativa da APEL e do Banco de Bens Doados (BBD), desafia os visitantes a doar os livros novos ou usados que não queiram guardar, para serem encaminhados para crianças apoiadas por Instituições.
A Feira do Livro de Lisboa abre ao público de segunda a quinta-feira das 12:30 às 22:00, sexta-feira das 12:30 às 24:00, sábados das 11:00 às 24:00 e domingos das 11:00 às 22:00.
O evento decorre em simultâneo com a Feira do Livro do Porto, iniciativa da câmara municipal que se realiza entre 28 de agosto e 13 de setembro, nos jardins do Palácio de Cristal, uma sobreposição que vai levar a que várias editoras não marquem presença.
As duas feiras literárias já não aconteciam praticamente ao mesmo tempo há mais de uma década.
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