Até 20 de setembro, de quarta a domingo, a associação, sediada na antiga Fábrica da Cerveja da Vila Adentro de Faro, acolhe debates, performances, concertos de jazz, de bandas de originais e solistas, DJ e ‘selectors’, uma exposição de escultura e ‘stand up comedy’.
“É uma feira de criativos e não de objetos. Queremos estimular os criativos e juntar pessoas para que se conheçam”, afirmou à Lusa Mauro Amaral, um dos promotores do evento, destacando que os debates temáticos pretendem “criar momentos” onde os artistas se possam “confrontar uns com os outros” para que “se possam criar sinergias e novos projetos”.
Para Mauro Amaral, a Feira Kriativa 2.0 serve também para “contribuir financeiramente” para os mais de 200 profissionais envolvidos, algo “já importante em qualquer altura para a microeconomia cultural, mas ainda mais importante agora”.
À quarta-feira decorrem as Quartas Kriativas com debates, performances e concertos de solistas e o primeiro debate acontece hoje, às 18:00, sob o tema “Resiliência e abandono”.
Como convidados estarão presentes Carlos Mata (técnico e representante União Audiovisual), Luís Vicente (diretor d’A Companhia de Teatro do Algarve), José Barradas (programador cultural da Casa do Povo de Santo Estêvão) e Paulo Santos (vice-presidente do Município de Faro).
Os próximos serão dedicados à “união e entendimento dos agentes cultuais independentes”, intitulado “Manifesto Faro”, à partilha de experiência da criação em período de confinamento na “Arte Pandémica”, e à “Arte da Memória”, numa reflexão sobre “o que se projeta para o futuro, sem se analisar o passado”.
Os concertos acontecem “em cima de um contentor” no pátio da entrada da ARCM, com um trabalho de iluminação que “torna a experiência totalmente imersiva”, que “vai mudando durante todo o evento”.
O primeiro a subir a palco, hoje, é o projeto Loopisomen de Luis Lourenço, músico multi-instrumentista. Seguem-se Helena Madeira (harpa), Mateus Verde e Ricardo Coelho (piano).
Numa das salas da ARCM estará patente uma exposição de escultura de “mestres da pedra de Bordeira e arredores” da zona rural farense.
Esta feira serve também de pontapé de saída para o projeto Siga, que pretende “abraçar projetos autênticos em diversas artes”, não só na música, mas também de “fotografia, artes plásticas, teatro, magia, marionetas e ‘stand up comedy’”, que se estreia durante a Feira Kriativa 2.0, revelou à Lusa o promotor Jorge Santos.
O projeto Siga é responsável pela programação dos restantes dias, apresentando à quinta-feira o projeto Jazz no Pátio (da ARCM) e nas noite de sexta, sábado e domingo jazz seguido de um concerto de uma banda algarvias de originais e um DJ.
A Feira Kriativa 2.0 é grátis para os sócios da ARCM e tem um custo variável entre os três e os cinco euros para não-sócios.
Durante os 20 dias haverá uma recolha de alimentos para a União Audiovisual.
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