Os santos já se vivem em Lisboa, e o calor bem que ajudava à festa, mas decidimos ir para o fresquinho do Coliseu de Lisboa e aproveitar a presença de Gregory Porter e da sua banda.

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O vencedor do Grammy para melhor jazz vocal de 2014 regressou onde é e faz feliz e foi bem recebido. O público mostrou desde o primeiro instante que não se iria abster de manifestar o seu carinho e apreciação, e, por isso, logo ao fim da primeira música já o cantor norte-americano falava do quanto adorava o país, a comida e o espírito português. Este charme esteve presente até ao fim do concerto mas apenas na melodia das interpretações, já que não voltou a dirigir-se ao público para “conversar”. E a verdade é que não precisou. A cada vez que cantava, que o seu saxofonista brilhava ou que o resto da banda acompanhava, o público acarinhava.

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Ouviram-se “Musical Genocide” e “Hey Laura”, entre outras grandes canções, e em todas a banda mostrou um impecável domínio técnico capaz de solos impressionantes e sobretudo cheios de personalidade. A voz do líder foi bem acompanhada mas nem por isso passou despercebida. Senhor conhecedor das suas qualidades, Gregory Porter mostrou controlo total sobre a sua atuação e acabou por ser feliz com duas ovações de pé, voltando duas vezes a palco em socorro de todos os dependentes da sua voz.

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Em Portugal não haverá outro artista estrangeiro de renome a dar-nos tantas oportunidades de o ver ao vivo este verão. A aproveitar.

Texto: Pedro Cisneiros

Fotografia: Carolina Caldeira