Em comunicado, aquela que é considerada como uma das melhores orquestras do mundo referiu ter “terminado a sua cooperação com o maestro Daniele Gatti, com efeito imediato”.
“A 26 de julho, o Washington Post publicou um artigo no qual Gatti foi acusado de comportamento impróprio. Estas acusações e as reações de Gatti a este respeito causaram muita comoção junto de músicos e do resto do pessoal, bem como de outros intervenientes. Para além disto, desde a publicação do artigo, um número de colegas da Orquestra Real do Concertgebouw relataram experiências com Gatti que são impróprias, considerando a sua posição como maestro titular”, acrescentou o comunicado da orquestra.
Isto, segundo o mesmo texto, “danificou de forma irreparável a relação de confiança entre a orquestra e o maestro”.
Desta forma, todos os concertos planeados verão Daniele Gatti substituído por outros maestros.
Numa reação citada pelo Washington Post, através do seu advogado, Gatti disse-se “extremamente surpreendido” e negou “todas as acusações”.
Num comunicado emitido mais cedo, através da sua agência de comunicação, Gatti pediu desculpa: “A todas as mulheres que conheci na vida, especialmente a todas as que acreditam que não as tratei com o maior respeito e com a dignidade que certamente merecem, peço as minhas sinceras desculpas, do fundo do meu coração”.
O trabalho do Washington Post revelou acusações sobre dois homens ligados à música, para além de Gatti: Bernard Uzan, que anunciou esta semana que ia abandonar a ópera, e William Preucil, suspenso pela Orquestra de Cleveland e despedido pela Universidade de Furman.
Gatti é mais um de vários maestros que têm sido acusados de comportamentos impróprios ao longo de décadas, como Charles Dutoit, despedido pela Orquestra Filarmónica Real de Londres, e James Levine, também despedido pela Ópera Metropolitana de Nova Iorque.
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