De acordo com a organização, nesta edição estão envolvidos “mais de 60 artistas nacionais e estrangeiros que, em nome individual ou coletivo, vão realizar 25 intervenções de arte urbana no Parque das Nações”.
Este ano, o festival decorre até 11 de julho, sob o mote “O Muro que nos (re)úne”: “uma reunião provocada pela força transformadora da arte urbana na capital, que este ano fica marcada pela forte presença de artistas de 'graffiti'”.
O cartaz inclui “artistas em estreia em Portugal, bem como alguns consagrados”, que estão a pintar “telas gigantes em pilares da Ponte Vasco da Gama, campos de basquetebol, empenas de prédios, atravessamentos pedonais e muros de comboio”.
O festival irá ‘ocupar’ três zonas da freguesia do Parque das Nações (Casal dos Machados, Avenida de Pádua e Parque Tejo), às quais se junta a Gare do Oriente, “como ponto de reunião dos núcleos e das suas temáticas e como ponto de partida e de chegada de muitas das atividades propostas nesta edição”.
De acordo com a organização, “o núcleo da Multiculturalidade, no Casal dos Machados, interliga os conceitos de comunidade, nações, culturas e igualdade através de intervenções em empenas dos edifícios e muros”.
Nesta zona, já é possível ver-se um mural da autoria do artista britânico D*Face, pintado em novembro do ano passado, na Av. Aquilino Ribeiro Machado.
O núcleo da Sustentabilidade, na Avenida de Pádua, “vem dar relevo ao constante incremento de qualidade do ambiente e da vida em Lisboa, muitas vezes intermediado pelas artes”, e o núcleo Cultura Urbana, no Parque Tejo, “vem realçar a força tão peculiar que o Muro LX_21 exerce como fator de reunião e de cruzamento através de uma forte presença do 'graffiti' nos pilares e muro da Ponte Vaso da Gama, assim como nos campos de basquete a criar, e no ‘skate park’”.
Na Gare do Oriente será possível visitar-se três exposições - “Obliquity”, de Odeith, “Karma”, da galeria Crack Kids, e “The Plastic Hike” – e duas instalações – “Around”, do estúdio Fahr021.3, e “Before I die”, de Rita Cabaço.
A programação, além das exposições, 'workshops' e visitas a pé, inclui “uma atividade inédita: a possibilidade de visitar as novas intervenções artísticas de arte urbana do MURO LX_21 de bicicleta”.
No 'site' do festival, em www.festivalmuro.pt, são sugeridos percursos para se visitar todas as intervenções artísticas e, nos dias 9, 10 e 11 de julho, haverá visitas guiadas, a pé ou de bicicleta. As reservas para as visitas guiadas devem ser feitas através do e-mail gau@cm-lisboa.pt.
Nesta edição, participam artistas como os portugueses Bordalo II, Odeith, Thunders Crew (que integra Hélio Bray, Chure Oner, Iamfromlx, Fredy Klit, Mar e Mosaik) e o coletivo Rua (composto por Contra, Draw, Fedor, Oker, The Caver e Third), a colombiana Zurik e o britânico D*Face.
O argentino Juan José Surace, a dupla do Porto MOTS e o britânico Rocket01 foram os vencedores da ‘Open Call’ Internacional desta edição do festival.
Os três vencedores, que irão fazer as suas intervenções em três empenas no bairro Casal dos Machados, foram escolhidos de um total de 101 candidaturas, envolvendo 118 artistas, oriundos de 20 países diferentes.
A organização salienta que o programa, disponível em www.festivalmuro.pt, “pode ter alterações, de acordo com as medidas de Saúde Pública em vigor”.
O Muro – Festival de Arte Urbana de Lisboa, organizado pela Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa, aconteceu pela primeira vez em 2016, na freguesia de Carnide (no Bairro Padre Cruz). Seguiram-se Marvila, em 2017, e Lumiar (na zona envolvente do bairro da Cruz Vermelha e da Alta de Lisboa), em 2019. Nestas freguesias da cidade, “157 artistas criaram 112 peças de arte urbana em cerca de 17 mil metros quadrados”.
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