A exposição permanente instalada no primeiro piso do edifício, com 11 salas renovadas, terá duas novas temáticas em evidência: a escravatura e a Inquisição da Igreja Católica, segundo uma nota divulgada pelo museu localizado no Campo Grande, em Lisboa.

"Expõe-se o papel de Lisboa no fenómeno global da escravatura, ilustrando como esta transformou a paisagem humana da cidade. É também referida a Inquisição, instituição que percorre mais de três séculos da história da cidade", adiantou o comunicado.

O museu indica que foi realizada uma "atualização do discurso" e a introdução de novas peças na exposição, "revelando momentos marcantes de transformação de Lisboa e das suas vivências, desde o século XVII até ao final do século XX, com o Parque das Nações", criado para a Expo98.

"Alargaram-se os horizontes geográficos e cronológicos da história da cidade, mostrando a sua evolução urbanística, social e cultural", em perto de 300 peças, cerca de metade das quais apresentadas pela primeira vez na exposição permanente do museu.

Estarão expostas maquetas, gravuras, pinturas, fotografias, mobiliário, cerâmica e azulejos sobre "novos capítulos de uma história que inclui momentos dos quais alguns ainda terão memória".

Para além de ser dado destaque à Primeira República como momento fundador do Portugal atual, “serão apresentadas, pela primeira vez, salas dedicadas à expansão urbanística da cidade durante o Estado Novo, lembrando a construção de estruturas como a ponte sobre o Tejo, o aeroporto e a rede de metro”.

A inauguração da nova exposição do Museu de Lisboa está marcada para as 18h00 do dia 12 de setembro, com entrada gratuita nos dias 13, 14 e 15, em visitas guiadas e oficinas para famílias, bem como o lançamento do livro "As três vidas do Palácio", resultado do trabalho de investigação de historiadores do museu e de centros universitários.

O objetivo da publicação é dar a conhecer melhor o edifício original, quando ali esteve instalada uma fábrica têxtil, as alterações realizadas entre 1833 e 1962, e o processo de instalação do antigo Museu da Cidade, hoje Museu de Lisboa.

Criado em 2015, o Museu de Lisboa é constituído por cinco lugares sobre Lisboa: Palácio Pimenta, Teatro Romano, Santo António, Casa dos Bicos e Torreão Poente.

As Galerias Romanas da Rua da Prata, localizadas no subsolo da Baixa Pombalina, também geridas pelo Museu de Lisboa, abrem habitualmente ao público duas vezes por ano.