O acordo de princípio, que deve ser endossado por um juiz em Delaware a 4 de junho, foi divulgado pela imprensa americana, e os seus detalhes ainda são desconhecidos.
Segundo fontes citadas pela imprensa local, prevê-se o desembolso de cerca de 30 milhões de dólares para mulheres envolvidas em quinze casos, incluindo aquelas que processaram Harvey Weinstein por assédio sexual, em episódios que remontam a mais de duas décadas.
Outros 14 milhões de dólares serão usados para pagar os advogados dos seus ex-sócios, que foram processados juntamente com Weinstein, acrescentaram as fontes.
A esperança é que esses 44 milhões de dólares - que seriam pagos pelos seguros, especialmente os da Weinstein Company - ponham fim às ações civis contra a produtora, incluindo a do Procurador Geral do Estado de Nova Iorque que, no início de 2018, a acusou de não proteger os seus empregados do assédio sexual de Weinstein.
"O processo tem sido longo e complicado e realmente achamos que este acordo oferece uma dose de justiça, embora não seja o que queríamos", disse ao Los Angeles Times Aaron Filler, advogado da atriz hispano-americana Paz de la Huerta, uma das mulheres que processa Weinstein.
Mas a atriz Ashley Judd, uma das primeiras mulheres a acusar Weinstein publicamente, afirmou esta sexta-feira que não suspenderá a ação contra o ex-produtor.
Em janeiro, um juiz de Los Angeles recusou a denúncia de assédio sexual de Judd contra Weinstein, mas avaliou que a atriz poderia manter as acusações de difamação e dano à carreira.
"A ação de Ashley Judd contra Harvey Weinstein está em curso e temos a intenção de levá-lo a julgamento. Ela não faz parte de qualquer acordo", tweetou a atriz.
Para Bennett Gershman, professor de direito da Pace University e ex-promotor, o acordo é "uma vitória para as mulheres que dizem que foram maltratadas".
Mas também é uma boa notícia para Weinstein, e especialmente para sua antiga empresa, com a qual ele cortou os laços e agora "pode deixar para trás este grande dossier e virar a página".
Comentários