A juíza Brenda Penny disse durante a audiência que o acordo atual era “insustentável”, decidindo, “no interesse” artistas, suspender Jamie Spears do cargo de tutor com efeitos imediatos.
A supervisão, instituída há mais de 13 anos após transtornos mentais manifestados por Britney Spears, continua em vigor, mas Jamie Spears deixa de ter voz na gestão da vida privada ou nas finanças da filha, confiada agora a profissionais.
O tribunal deve decidir sobre o fim da tutela numa futura audiência, provavelmente até ao final do ano, adianta a agência de notícias AFP.
Jamie Spears “deve ser suspenso a 29 de setembro, e a custódia deve terminar rapidamente”, escreveu o advogado da cantora, Mathew Rosengart, numa petição protocolada esta semana.
“Cada dia que passa com ele como tutor – todos os dias e todas as horas – é um dia em que ele lhe provoca angústia e dor”, continuou.
Apoiando as afirmações de Mathew Rosengart, um documentário publicado na última semana pelo The New York Times (“Controlling Britney Spears”) acusa Jamie Spears de ter instalado secretamente câmaras de vigilância no quarto da filha e de ter gravado conversas privadas.
Jamie Spears negou ter exercido qualquer vigilância ilegal sobre sua filha.
Também outro documentário, “Britney vs Spears”, mas produzido pelo serviço de ‘streaming’ Netflix, afirma que a cantora de 39 anos tentou contratar por duas vezes o seu próprio advogado no início do caso judicial da tutela.
Apenas a 15 de julho, Britney Spears recebeu autorização do tribunal para contratar o seu próprio advogado, depois de ter sido aprovado o pedido de demissão de Samuel D. Ingham III, que a representava desde 2008.
De acordo com a imprensa norte-americana, a juíza do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, no estado da Califórnia, Brenda Penny, aprovou a demissão de Ingham e, ao mesmo tempo, a escolha de Mathew Rosengart, como novo advogado de Britney Spears.
Em agosto, pai de Britney Spears concordou em renunciar à tutoria da artista, que exerceu durante mais de 13 anos, assumindo o controlo do património financeiro e aspetos da vida pessoal.
De acordo com documentos entregues hoje no Tribunal Superior de Justiça de Los Angeles, o advogado do pai da artista confirma que Jamie Spears concorda em confiar a função a outra pessoa.
“No entanto, embora Jamie Spears seja alvo de ataques injustificados incessantemente, ele não acredita que uma batalha pública com a sua filha pelos serviços como tutor seja o melhor para ela”, referem os documentos, cujo conteúdo foi divulgado inicialmente pelo ‘site’ norte-americano especializado na área do entretenimento TMZ e depois confirmado pela revista Variety.
A artista luta pelo fim da tutoria desde 2008.
Em fevereiro, a vida de Britney Spears voltou à esfera pública com o lançamento do documentário “Framing Britney Spears”, focado na trajetória da cantora norte-americana, incluindo os momentos de maior popularidade e os acontecimentos que levaram a que a sua vida passasse a ser controlada pelo pai.
Aos 39 anos, Britney Spears “não pode dispor livremente do seu dinheiro ou assinar nenhum documento sem autorização prévia, o que a levou a uma árdua batalha judicial contra o pai”. O trabalho do The New York Times “explora a base legal da tutela, assim como os requisitos que devem cumprir tanto Spears como os tutores designados pelo tribunal”.
Britney Spears estreou-se oficialmente em 1999 quando editou o álbum “...Baby One More Time”, que vendeu mais de cem milhões de exemplares em todo o mundo.
Na sequência do documentário “Framing Britney Spears”, tornaram-se virais movimentos para pedir a “libertação” da artista do controlo do pai (“#FreeBritney”) e para levar a que quem a criticou e julgou, na altura, viesse agora pedir desculpa.
Sendo uma das artistas que mais venderam no virar do século, a norte-americana é a intérprete de temas como “Oops!... I Did It Again”, “Toxic" e “Womanizer”.
Comentários