Os Bon Jovi tiveram a missão de fechar o Palco Mundo do Rock in Rio Brasil de sexta-feira, 22 de setembro. A banda norte-americana regressou ao festival para oferecer duas horas de canções aos fãs que não quiseram perder a festa na Cidade do Rock do Rio de Janeiro.
Sem rodeios, apenas como um "olá, como estão?", os Bon Jovi desfilaram uma série de êxitos - "Livin' on a Prayer" foi o tema escolhido para fechar o concerto, mas antes "It's My Life", "Bad Name" e "Bed of Roses" ajudaram a fazer a festa e aproximaram o público do espetáculo - apesar de ter sido a maior enchente do Rock in Rio 2017, uma parte da multidão preferiu ficar na conversa.
O alinhamento que passou por todas as décadas da carreira, principalmente pelos anos 1980 ("Bad Medicine" e "You Give Love a Bad Name"), 1990 ("Bed of Roses", "Keep the Faith") e 2000 ("Have a Nice Day", "Because we Can") acabou por embalar um pouco as quase 100 mil pessoas, apesar da boa forma dos Bon Jovi.
Veja na galeria as fotos dos concertos:
Os Tears for Fears também subiram ao Palco Mundo esta sexta-feira. A banda apresentou um alinhamento carregado de sucessos, que deixou os fãs nostálgicos. Sem qualquer aparato visual, Roland Orzabal e Curt Smith conquistaram a Cidade do Rock com temas como "Everybody Wants to Rule the World", "Secret World", "Broken" ou "Sowing the Seeds of Love".
Desde 2004 que o grupo inglês não edita discos novos mas, a julgar pelo concerto no Rock in Rio Brasil, não fazem falta. Apesar das escolhas das canções ter sido a mais previsível, os Tears for Fears surpreenderam tudo e todos ao tocar "Creep", sucesso de 1993 dos Radiohead.
Durante aproximadamente uma hora, provaram que o pop-rock ainda lhes corre nas veias e que estão preparados para animar multidões em qualquer festival do mundo.
Antes dos Bon Jovi e dos Tears for Fears, os Alter Bridge conseguiram conquistar a atenção de alguns festivaleiros, apesar de não terem na bagagem êxitos conhecidos por todos. Mas o mesmo não se pode dizer de Jota Quest, músico brasileiro que desfilou êxitos.
O concerto do cantor ficou marcado por várias mensagens políticas. "Nós não estamos satisfeitos com tudo o que está a acontecer no nosso país. Ninguém está satisfeito com o que está a acontecer no Rio de Janeiro nas comunidades", frisou o cantor, que em "Dentro de um abraço", pediu um abraço coletivo.
"Nós queremos mandar um abraço para toda a gente que mora nas comunidades [favelas]. O Brasil não é isso, o Brasil é a verdade, é a coragem de cada um de nós que sai de casa todos os dia para trabalhar, para poder cuidar da família, para poder estar estar aqui no Rock in Rio... A paz é mais importante do que todos os motivos que esses canalhas têm para passar a mão no nosso dinheiro. É muito difícil chegar aqui e falar este tipo de coisa, hoje estamos a viver em um momento muito polarizado", frisou.
Este sábado, os Guns N' Roses são os cabeças de cartaz do Rock in Rio Brasil.
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