"A equipa do TMG está continuamente a trabalhar para implementar novas dinâmicas de trabalho e de relação com o público. É importante que este público não perca a relação com o TMG e que vá acompanhando as novidades. E estas novidades, nesta fase, passam pela gestão de conteúdos culturais nas redes sociais (Facebook, Instagram e site)", disse hoje à agência Lusa o vereador do pelouro da Cultura na Câmara da Guarda, Victor Amaral.
Em entrevista por escrito à Lusa sobre a situação no complexo cultural da cidade, o autarca adianta que até final do mês "vai ser implementado um plano de ação com diferentes iniciativas e com publicações que vão assinalar os 15 anos do TMG", bastando que o público "esteja atento às redes sociais".
"Outro projeto estruturante neste período será o lançamento do projeto TMG360, que representa uma visita virtual ao TMG em 360 graus (espaços públicos e de bastidores), com conteúdos multimédia interativos para exploração livre do público", disse.
Segundo Victor Amaral, trata-se de "um projeto inédito, pela sua abrangência e qualidade".
Em relação à reabertura física do TMG, o vereador diz que "não há ainda previsão de quando poderá ser possível reabrir portas e retornar à normalidade de atividade, dadas as contingências da pandemia".
O responsável lembra que o complexo está encerrado ao público e aos funcionários, e que a programação da segunda metade de março e toda a do mês de abril foi suspensa.
"A equipa do TMG não parou de trabalhar e está a preparar o futuro com o reagendamento dos espetáculos cancelados para o final do ano e início de 2021", acrescenta.
Referiu que a equipa "está a trabalhar na modalidade de teletrabalho e num modelo de rotatividade para assegurar o funcionamento da receção do Teatro num horário administrativo".
Quanto ao impacto financeiro da COVID-19 no TMG, o autarca responde que, "não havendo espetáculos, o maior impacto financeiro neste momento tem a ver com a ausência de fontes de receitas provenientes da bilheteira", lembrando que para março e abril o espaço "já tinha vários espetáculos esgotados que, no imediato, não gerarão receitas".
Questionado sobre se a autarquia vai assegurar pagamentos de programação cancelada, respondeu que o município "encetou de imediato contactos com os artistas e promotores dos espetáculos cancelados tendo em vista o seu reagendamento, acordando desde logo as formas de cumprimento das obrigações contratuais de ambas as partes".
"O Decreto Lei nº 10-I/2020 de 26 de março veio permitir a possibilidade de pagamento de parte dos compromissos com estes espetáculos; mais recentemente a Lei 7/2020 de 10 de abril veio estabelecer claramente a obrigatoriedade do pagamento do montante mínimo de 50% do preço contratual, o mais tardar, na data que se encontrava inicialmente agendado o espetáculo", acrescenta.
De acordo com Victor Amaral, o município vê, assim, "reforçada a sua intenção de cumprimento das obrigações contratuais, contribuindo desta forma para apoiar os artistas e o meio cultural, tão afetado com a situação" originada pela COVID-19.
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