Colóquios, debates, conversas, piqueniques, as já tradicionais apanha da azeitona e confeção de marmelada coletiva fazem também parte das comemorações do aniversário da cooperativa, segundo o programa do aniversário.
O espetáculo “liberaLinda” vai estar em cena de sábado a 27 de outubro, ao sábado e domingo, pelas 17h00, que integra ainda a iniciativa “traVessia”, uma visita guiada mediante marcação.
O espetáculo é uma criação de O Bando para a celebração do 50.º aniversário do 25 de Abril, num projeto desenvolvido com o apoio da Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de abril.
“liberaLinda” celebra os 50 anos de “um grupo que nasce sob a égide de um Abril há muito desejado e sonhado e pelo qual tantos lutam” até porque “ao longo de cinco décadas de democracia O Bando nunca deixou de pensar Abril”, acrescenta o programa da efeméride.
Composto por uma exposição, uma instalação e um documentário, o espetáculo estreou-se no Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, e parte do texto “Memórias de uma Tia Tonta”, de Natália Correia.
Além de Tia Tonta, põe ainda em cena duas personagens de dois espetáculos de O Bando: Zé Povinho, personagem de Antónia Terrinha do espetáculo “Em duelo” (1986), e o Polícia Zacarias, representado por João Neca em “Do contra” (2015).
O xilofone de grandes dimensões construído para o espetáculo “Liberdade” (1994), criado a partir de poemas de Sophia de Mello Breyner para a celebração dos 20 anos do 25 de Abril, acompanha o percurso teatral até à canção final de autoria de José Mário Branco sobre um poema de Natália Correia.
De 10 a 27 de outubro e com sessões contínuas de quinta a domingo entre as 19h00 e as 21h00, O Bando propõe ainda “Utopia concreta”, um percurso teatral e filosófico pela serra baseado no pensamento do filósofo alemão Ernst Bloch.
Com dramaturgia e encenação de Dirk Neldner, e integrado no projeto europeu Playon, a iniciativa tem direção técnica de Ben Kirman, Julian Jungel e Nils Zweiling, guiado pelas vozes dos atores Marta Barahona, Nicolas Brites, Raul Atalaia e Sara Belo.
A abertura de inscrições para a “Confraria do teatro”, ação de partilha e formação teatral que O Bando desenvolve há 19 anos e que ocupará as manhãs de sábado de outubro a março, é outra das propostas do coletivo.
Dirigida a não-profissionais de teatro, a “Confraria do teatro” destina-se a fazer com que os participantes vivenciem num trabalho de cena original os métodos e a prática criativa de O Bando.
Entre as várias iniciativas conta-se “Cinebando”, que dias 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de outubro, pelas 21h00, levará seis sessões de cinema àquele coletivo em Palmela, reunindo uma coletânea de trabalhos audiovisuais organizada pelo cineasta brasileiro Amauri Tangará, da Cia D’Artes do Brasil, com quem o Teatro O Bando tem um intercâmbio há 30 anos.
O Bando formou-se em 1994, foi formalmente constituído em 1979 e o programa das comemorações está disponível em obando.pt
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