“Foi uma missa muito tocante e muito participativa, tanto pelas palavras do padre, muito próximas da vida de Zé Pedro e do fenómeno rock”, como pela cerimónia em si, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que foram “cantadas algumas músicas dele ao longo da missa”.
Para o Presidente da República, um dos momentos mais bonitos foi a “intervenção final de evocação de Zé Pedro”.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu do Mosteiro dos Jerónimos, no final da missa, por volta das 15:00, acompanhado pelo primeiro-ministro, António Costa.
A urna com o corpo do músico saiu alguns minutos depois, sob uma enorme salva de palmas das centenas de pessoas que se juntaram na rua para a última homenagem a Zé Pedro, e ao som da música “Para sempre”.
No exterior do mosteiro, a urna foi colocada em cima de um grande altar dourado e rodeada por familiares e amigos de Zé Pedro, com os companheiros da banda alinhados à frente.
Populares, amigos e família aplaudiram, assobiaram, gritaram “Zé Pedro”, e os Xutos & Pontapés abraçaram-se e curvaram-se perante a urna do amigo e perante o público.
O guitarrista dos Xutos e Pontapés morreu na quinta-feira, aos 61 anos. Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, só tendo sido assumida publicamente no passado dia 4 de novembro, no derradeiro concerto do músico, no fecho da digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, criou a banda Delirium Tremens, que mais tarde passou a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim, para o lugar de Paulo Borges.
O primeiro concerto dos Xutos & Pontapés realizou-se a 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
O funeral de Zé Pedro realiza-se hoje no cemitério dos Olivais.
Comentários