Veio da Guiné-Bissau, estreou na RTP o programa «Dá-me Música», apresentou em Portimão a gala das «7 Maravilhas» e pouco depois já estava a voar para Moçambique em serviço de reportagem.

No meio disto tudo, Catarina Furtado, Embaixadora de Boa Vontade das Nações Unidas, profissional de televisão, actriz de teatro e mãe de filhos, ainda conseguiu arranjar uns minutinhos para uma conversa com SapoTV. Aqui vai...

Já disse à Imprensa que não vai cantar no programa «Dá-me Música», da RTP... A Catarina não é de cantorias, ao menos lá em casa?

Costumo cantar para os meus filhos. Mas, coitadinhos, eles já cantam melhor do que eu...

Canta para adormecer os seus filhos, a Beatriz e o João Maria?

Muitas vezes. Canto as músicas que os meus pais me cantavam, ou melhor, as músicas que normalmente o meu pai cantava para eu e a minha irmã adormecermos.

E havia alguma em especial?

Sim, cantava várias. «Canta, canta, amigo canta, vem cantar a nossa canção. Tu sozinho não és nada. Juntos temos o mundo na mão». Acho que é uma boa mensagem para todos nós.

E no duche, canta?

No duche, não tenho tempo. Não canto para mim, mas ouço muita música.

Mas teve alguma formação musical?

Sim, tive. No Conservatório Nacional temos obrigatoriamente aulas de música, que são paralelas às aulas de dança. Não só tive formação como actriz, como formação de bailarina e formação musical. Aprendi a tocar flauta.

Mas, mesmo assim, não gosta de cantar...

Gosto de dançar. Nem nunca me passou pela cabeça cantar.
Mesmo em Londres, quando tirei o curso de representação, também tive aulas de música mas essa disciplina foi sempre a minha dor de cabeça.

E quando está feliz, não dá por si a cantarolar?

Não. Ponho música no rádio e ... danço.

Se a Catarina fosse convidada para cantar no «Dá-me Música», aceitava?

Uma das coisas que foi garantida aos convidados, que não são profissionais na área da música, é que não é obrigatório cantar, porque isso pode ser um enorme entrave a que as pessoas aceitem ir ao programa. As pessoas podem mesmo ter vergonha de cantar uma música inteira do princípio ao fim. Quem quer cantar, canta! O resto dos jogos são adivinhas ou de cultura geral, mas com graça e com sentido de humor. Há realmente momentos em que eles cantam, mas só os que se disponibilizam para isso. Só nessa condição é que eu aceitaria...

Em todos os programas já gravados, houve alguém que se tivesse revelado como cantor?

Eu gostei imenso de ver a Maria João Abreu cantar. Ela esteve fantástica e, por isso, lembro-me dela em particular. Há momentos de chorar a rir... mas a João tem uma boa voz!

«TENHO TEMPO PARA NAMORAR»

A Catarina está a ter um ano em cheio, com um regresso ao teatro, um novo programa de televisão e missões de solidariedade e reportagem em África. O que se segue?

Ainda é prematuro dizer. Felizmente, trabalho não me falta. Agora vou a Moçambique e, mais tarde, a Timor, Angola, Cabo Verde e São Tomé.

Se o dia tivesse 48 horas, aproveitaria na mesma cada minuto?

Acho que sim. Gosto de levantar-me cedo e fazer imensas coisas sem nunca faltar em nenhum dos sítios onde sou importante, nomeadamente no trabalho e na família. Aquilo que tenho de ‘feedback' é positivo até agora.

É pontual nos seus compromissos?

(risos)... Os dez minutos da praxe.

Com tanto trabalho, ainda arranja tempo para namorar?

Claro. Sempre! Nem eu conseguia produzir, modéstia à parte, tanto ou tão bem como acho que tenho conseguido. Se eu não tivesse essa motivação dos afectos não faria tão bem o meu trabalho...

Com uma agenda preenchida, ainda vai conseguir arranjar tempo para férias?

Claro! E no mês de Agosto não vou estar para ninguém e não revelo para onde vou... (risos).

E o que não dispensa na mala de viagem?

Os meus filhos...

E o marido?

Claro!... (risos). Mas para levar os meus filhos tenho que levar o meu marido para carregar a mala, que eles já estão muito pesados.

Quando está longe utiliza as novas tecnologias?

Eu não, mas o meu marido (João Reis) sim. Eu esqueço-me, e desde que a Beatriz nasceu os meus telemóveis estão sempre em silêncio. Mando umas mensagens e falo sempre com a família.

Qual o maior sonho que ainda lhe falta concretizar?

Não sei...mas os sonhos não se devem dizer. Conservamos em segredo e depois vamos concretizando.