Simon Jenkins, popular editor e escritor britânico, não poupou nas críticas à quarta temporada de "The Crown", que se estreou na Netflix no passado domingo, dia 15 de novembro. Para o crítico do The Guardian, a série conta histórias falsas, o que considera "tão corrosivo quanto as fake news".
"A série sobre a família real, 'The Crown', recebeu aplausos (...) e críticas pelas suas imprecisões, quase todas depreciativas em relação a indivíduos vivos ou recentemente mortos. A nova temporada parece ter aumentado a fabricação e a ofensa", defende Simon Jenkins, acrescentando que "as palavras e as ações dos indivíduos vivos foram inventadas para se adequar a um trama que poderia ter sido escrito pelos maiores apoiantes de Diana".
No artigo publicado no jornal britânico, o crítico recomenda ainda uma análise do historiador Hugo Vickers, que destaca algumas das "mentiras" contadas na quarta temporada - o artigo do historiador foi publicado no The Times (acesso fechado).
De acordo com Simon Jenkins, Hugo Vickers revela, por exemplo, que a família britânica não "criou armadilhas protocolares para humilhar Margaret Thatcher na sua a visita a Balmoral" e que o o príncipe Carlos não ligou para Camilla Parker Bowles "todos os dias nos primeiros anos do seu casamento".
"Será que vamos ser informados de que eles [a família real] realmente mataram a Diana? Teremos outro Oliver Stone a falsificar as circunstâncias em torno do assassinato do presidente John F Kennedy?", questiona o editor britânico.
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