"Francisco de Holanda (1517-1584) foi um humanista, um tratadista e um pintor português". Discípulo de Miguel Ângelo, escreveu "Diálogos em Roma", com base nas lições do mestre. É autor de "Da Pintura Antiga" e "Do Tirar Polo Natural", que esteve na base de uma exposição temática, dedicada ao retrato na pintura portuguesa, no Museu Nacional de Arte Antiga, em 2018, e fez aquele que é considerado o primeiro plano diretor, estruturado e atual, da capital portuguesa, "Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa".
"Álbum dos Desenhos das Antigualhas" e "Da Ciência do Desenho" são outras obras de Holanda que a investigação de José Felicidade Alves (1925-1998) resgatou para o público em geral, sobretudo através da sua edição pelos Livros Horizonte, nos anos de 1980/1990.
"Erudito, talentoso e audaz, Francisco de Holanda foi durante muito tempo considerado um dos mais importantes vultos do Renascimento em Portugal", escreve a apresentação do documentário. Novas investigações revelam "um dos mais prolíficos ensaístas sobre Arte" na época, e o autor do primeiro tratado sobre Retrato. "O vanguardismo da sua obra (...) é, ainda hoje, desconcertante". "Os seus registos sobre a Roma dos anos 30 de 1500 são de valor incalculável para a Arqueologia e para a História da Arte".
Com autoria de Paula Moura Pinheiro e realização de Inês Rueff, o documentário conta com a participação dos investigadores, historiadores, conservadores e museólogos Sylvie Deswarte-Rosa, Joaquim Caetano, Rafael Moreira, Isabel Almeida, Manuel Parada López de Corselas, José Cardim Ribeiro, Francesco Paolo Fiore, Vitor Serrão e Alessandro d'Alessio. É exibido hoje às 22:12 na RTP2.
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