O que mudou na tua vida desde que entraste no “Factor X”?
Tive que vir para o continente, viver num sítio que não conheço... ainda me perco quando saio de casa. Não tem nada a ver com a vida em S. Miguel. Mas tem sido uma boa experiência, estar longe da família também ajuda a crescer e quando voltar mato as saudades todas.
Quais são tuas expetativas para a final? Vais ganhar?
Espero que sim, mas sei que se não sair vencedora o prémio vai ficar em boas mãos...
Julgas que tens o tal “Factor X”?
O ‘Factor X’ é muito relativo e pode ser muita coisa. Julgo que a maior parte dos concorrentes que conseguiram chegar às galas tinham um “Factor X’ à sua maneira. Uns porque tinham melhor voz, outros porque tinham personalidade e sabiam tornar as músicas mais suas, o Diogo (D8) porque fazia as suas músicas. É muito relativo.
E o teu “Factor”, Mariana, qual é?
Não sei muito bem. Será talvez um misto de trabalho e talento, vontade de querer fazer bem as coisas, a personalidade e a atitude. Acho que o que mais cativou as pessoas foi ter chegado ao palco toda muito simples e muito normal e de repente começar a cantar e sair aquela voz dentro de mim.
O que podemos esperar de ti na gala decisiva?
Vou dar o meu máximo! Vou cantar músicas de que gosto muito, uma que já cantei no programa e que acho que foi dos meus melhores momentos a nível vocal. Depois, o público é que decide, mas sei que se der o meu melhor tenho grandes probabilidades de ganhar.
Como reages quando ouves o jurado Paulo Ventura dizer que quer ver-te no primeiro lugar do pódio?
Fico um bocado envergonhada, e ainda é cedo para dizer isso, até porque a minha mãe sempre disse para não deitar foguetes antes da festa. Mas acho que é muito bom sentir que o Ventura e os outros jurados acham que tenho probabilidades de ganhar e de singrar no mundo da música… É um orgulho, não é?
Qual foi o teu melhor momento no “Factor X”?
Foi o casting. Acho que ninguém estava à espera que eu cantasse daquela maneira e que eu chegasse tão longe. O que eu sentia quando cheguei - tinha acabado de sair do aeroporto, com a minha malinha, a minha guitarra e a minha blusa dos ursinhos – era que as pessoas olhavam para a mim a pensar o que é que eu estava ali a fazer. Depois eu abria a boca, tinha o sotaque açoriano e ninguém percebia o que dizia e pensavam que eu devia ser uma “totozinha dos Açores”. Mas quando comecei a cantar as pessoas ficaram surpreendidas. Fiquei muito contente porque só mostra que as aparências iludem…
Estás preparada para deixar a vida nos Açores e vir viver para Lisboa?
Por enquanto não, tenho de acabar a escola. Não posso ser uma artista sem ter o 12º ano, pelo menos. Mas depois estou preparada, até porque nos Açores existe apenas enfermagem e biologia na faculdade. Já há muito tempo que a minha ideia é sair de lá e vir estudar música para o Continente.
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