A assembleia-geral esteve inicialmente convocada para 28 de outubro, tendo sido suspensa, retomando hoje os trabalhos e com uma nova composição acionista.
Paulo Gaspar (do grupo Lusiaves) foi eleito vice-presidente da Media Capital.
A assembleia-geral de acionistas da Media Capital decorreu um dia depois da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ter comunicado que tem "fundadas dúvidas sobre a identidade" dos acionistas da dona da TVI e ter avisado que qualquer decisão tomada na reunião magna que possa envolver alteração de domínio pode não ser reconhecida.
A assembleia-geral hoje realizada tinha dois pontos na ordem de trabalhos, um dos quais a eleição dos órgãos sociais para o mandato 2020-2022, os quais foram "aprovadas por unanimidade", lê-se no comunicado da Media Capital.
Integram ainda o novo Conselho de Administração da Media Capital, composto por nove membros efetivos, Cristina Ferreira, apresentadora e diretora de entretenimento e ficção da TVI, Avelino Gaspar (Lusiaves), Luís Cunha Velho (que era presidente interino da Media Capital), João Serrenho (CIN), Miguel Osório Araújo (ex-quadro da Sonae), Rui Freitas (Zenithodyssey) e Paula Ferreira (Pluris Investments).
Na presidência do Conselho Fiscal fica Sofia Cerveira Pinto e Avelino Gaspar preside à Comissão de Remuneração dos órgãos sociais.
O ponto um da ordem de trabalhos visava alterações aos estatutos da sociedade.
A Media Capital, de acordo com dados de 3 de novembro, tem como acionistas, além da Pluris Investments (30,22%), Triun (23%), Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (2,5%) e o NCG Banco (5,05%).
Entretanto, Mário Ferreira tem até quarta-feira para lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, depois da CMVM ter considerado que havia concertação entre a Prisa e Mário Ferreira.
A OPA lançada inclui o capital detido por novos acionistas, com quem o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, elaborou listas para a administração da dona da TVI.
A investigação da CMVM começou quando a Prisa, através da Vertix, tinha cerca de 64% da Media Capital.
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