Baldwin, de 63 anos, manipulava uma arma enquanto ensaiava uma cena do western "Rust" com a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos, que morreu no incidente.

A polícia está a investigar porque é que havia munições reais no local e solicitou o telemóvel de Baldwin em meados de dezembro, argumentando que poderia conter "provas" que poderiam ser "relevantes para a investigação".

O iPhone de Baldwin, que protagonizava e coproduzia a longa-metragem de baixo orçamento, foi entregue às autoridades do condado de Suffolk, em Nova Iorque, onde o ator reside.

As autoridades vão procurar informações no dispositivo e entregá-lo aos colegas do estado do Novo México, disse um porta-voz do condado de Santa Fé à AFP. O Departamento do Xerife ainda não recebeu as informações do telefone de Baldwin, acrescentou.

Os investigadores disseram que querem ver as mensagens e e-mails que o ator enviou e recebeu relacionados com o projeto.

Segundo a ordem judicial que detalha o pedido, o ator tinha trocado e-mails com a armeira do filme para discutir que tipo de arma seria usada na cena que acabou por ser fatal.

As trocas de mensagens entre o advogado de Baldwin e a sua esposa não serão entregues às autoridades, conforme um acordo entre Baldwin e o promotor distrital de Santa Fé.

O Departamento do Xerife disse antes que negociações sobre "preocupações jurisdicionais" atrasaram a entrega do dispositivo.

No sábado, Baldwin partilhou um vídeo no Instagram em que, entre outros assuntos, comenta a questão do telemóvel. "Qualquer insinuação de que eu não estou a cumprir pedidos, ordens ou mandatos relacionados com o meu telefone é um disparate, é mentira", diz.

Ninguém foi preso ainda neste caso. O ator afirmou numa entrevista que não puxou o gatilho da arma, apenas a empunhou.