Alec Baldwin decidiu processar os procuradores do estado do Novo México que o acusaram de homicídio involuntário, na mais recente novidade relacionada com o julgamento do disparo acidental que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins na rodagem do western de baixo orçamento “Rust” em outubro de 2021.

A procuradora de Santa Fé Mary Carmack-Altwies, a procuradora especial Kari Morrissey e os investigadores do caso são citados como réus pelos advogados do ator por acusação maliciosa, difamação e violações dos direitos civis num novo processo apresentado na quinta-feira, confirmou a Associated Press.

“Os réus, enquanto agiam sob a pretensão de direito, conspiraram para obter uma acusação infundada contra Baldwin e para provocar ou promover maliciosamente o seu julgamento e condenação, violando assim os seus direitos constitucionais pelo uso indevido do processo criminal”, afirma a moção apresentada em Santa Fé.

“Os réus procuraram sistematicamente fazer de Baldwin o bode expiatório dos atos e omissões de outros, independentemente das evidências ou da lei”, continua.

Baldwin estava a apontar uma arma na direção da diretora de fotografia Halyna Hutchins durante um ensaio quando a arma disparou, matando-a e ferindo o realizador do filme.

O Ministério Público argumentou que o ator ignorou protocolos básicos de segurança e agiu de forma irresponsável no set. A defesa de Baldwin alegou que não era responsabilidade dele verificar o conteúdo do revólver, algo a cargo da armeira da produção.

O caso foi a julgamento em julho de 2024, mas terminou abruptamente após a juíza Mary Marlowe Sommer descobrir, durante os interrogatórios, que a defesa não teve acesso a todas as provas.

No tribunal, foi revelado que um ex-polícia entregou balas reais, que poderiam ser semelhantes às usadas no incidente, aos investigadores do caso. No entanto, a defesa não foi informada sobre isso e as provas não foram catalogadas adequadamente.

Sommer decidiu que a ocultação de provas foi "intencional e deliberada" e imediatamente anulou o julgamento, no qual Baldwin arriscava uma sentença de até 18 meses de prisão caso fosse considerado culpado.

Em setembro, a procuradora especial Kari Morrissey solicitara à juíza que reconsiderasse a anulação do julgamento, mas a moção foi rejeitada no mês seguinte.

A 23 de dezembro, o procurador-geral do Novo México colocou um ponto final às tentativas de avançar com um novo julgamento.

Alec Baldwin ainda enfrenta processos civis relacionados com a tragédia em tribunais da Califórnia e do Novo México.