«Há alguns anos, num dos meus filmes de grande orçamento, descobri que estava a receber 10% do que ganhava o meu colega masculino, e estávamos bastante ao mesmo nível».
A admissão é de Amanda Seyfried e o comentário surgiu durante uma
entrevista ao jornal britânico The Sunday Times.
«Acho que as pessoas pensam que vou aceitar o menos possível que oferecem apenas porque sou relaxada e disponível para fazer coisas. Não se trata de quanto se ganha, mas sobre ser justo», acrescentou, reforçando que as atrizes em especial «têm de decidir se estão dispostas a afastar-se de algo [por pagarem mal]».
Ainda que a atriz não tenha revelado qual o filme em questão, a descrição dos factos aponta para dois títulos mais prováveis: «Juntos ao Luar», que fez em 2010 com Channing Tatum, e «Sem Tempo» em 2011, onde surgia ao nível de Justin Timberlake.
A revelação de que ganhou muito menos do que o seu colega masculino, numa época em que ambos estavam ao mesmo nível nas carreiras, é a mais recente sobre a desigualdade de salários entre atores e atrizes que se pratica em Hollywood.
O assunto ganhou mais relevância após se ter tornado público que Jennifer Lawrence, apesar de partilhar o mesmo protagonismo e já ter um Óscar, teve direito a uma percentagem dos lucros inferior à de todos os colegas em «Golpada Americana», incluindo Jeremy Renner, que tinha um papel secundário na história, e apenas igual à de... Amy Adams.
Posteriormente, ganhou mais relevância com o discurso de Patricia Arquete ao pedir salários iguais quando ganhou o Óscar por «Boyhood».
Já em maio, Charlize Theron revelou que exigiu um acordo financeiro que a colocasse ao mesmo nível do seu colega Chris Hemsworth na prequela de «A Branca de Neve e o Caçador».
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