Com exceção de alguns países muçulmanos, onde foi banido por "ultraje moral", "Barbie" é um fenómeno gigantesco a nível mundial.
O filme de Greta Gerwig, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, foi produzido pela Warner e pela Mattel, a empresa que comercializa a icónica boneca, tem superado as expectativas de audiência e de lucro: na próxima semana, vai tornar-se o maior sucesso comercial do ano nos EUA, ultrapassando "Super Mario Bros: O Filme", que também deverá perder nas próximas semanas o título mundial.
As receitas de bilheteira são astronómicas e um recorde para uma mulher cineasta: 1,2 mil milhões de dólares dólares (mais de 1,1 milhões de euros à taxa de câmbio atual) e a expectativa dos analistas é que, quando se fizerem as contas finais, ultrapasse os 1,4 mil milhões e fique nos 15 filmes mais rentáveis de sempre (receitas não atualizadas pelo impacto da inflação).
Sem surpresa, a Mattel vai avançar a todo o gás com mais projetos, embora o seu CEO Ynon Kreiz garanta que não se trata de vender ainda mais brinquedos, mas sim "criar conteúdo de qualidade": segundo a revista Variety, existem planos para produtos tão dispares como Polly Pocket, Hot Wheels, Rock ‘Em Sock ‘Em Robots, Major Matt Mason e até a Bola 8 Mágica e o jogo de cartas UNO.
Hollywood recebeu a mensagem errada do sucesso, na opinião de Randall Park.
"Sinto que, em geral, esta indústria está a tirar as lições erradas. Por exemplo, 'Barbie' é um grande sucesso de bilheteira e a ideia é: 'Façam mais filmes sobre brinquedos!'", disse à Rolling Stone o ator e comediante, conhecido pela série "Fresh Off the Boat" (2015-2020) e pelos filmes "Talvez Para Sempre" (2019) e "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (2023).
"Não. Façam mais filmes de e sobre mulheres!", contrapôs.
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