
A nova versão de "Branca de Neve" da Disney foi banida dos cinemas do Líbano.
Em causa, a presença da atriz israelita Gal Gadot, que interpreta a Rainha Má.
Segundo a revista Variety, a proibição foi uma ordem do Ministro do Interior Ahmad Al-Hajjar, que, segundo a imprensa local, "foi motivado a tomar medidas pelo órgão de fiscalização do cinema e dos media do país numa altura em que Israel ataca o Hezbollah no Líbano, provocando a morte de civis".
Mas tal como notou um representante da Italia Films, a distribuidora sediada em Beirute e responsável pelos filmes da Disney no Médio Oriente, há muito tempo que Gal Gadot está na "lista de boicote de Israel" do Líbano, onde vigora uma lei com décadas que boicota produtos de Israel e impede os cidadãos de viajar desse país ou ter contactos com israelitas.

Tecnicamente, os dois países ainda estão em guerra e "Morte no Nilo" também foi banido em 2022 e "Mulher Maravilha" em 2017, sempre com a ligação a Israel como justificação: a atriz cumpriu os dois anos obrigatórios de serviço militar do seu país e lançou a carreira após ganhar o título de Miss Israel em 2004. As exceções foram os filmes da saga "Velocidade Furiosa", antes de conquistar o estrelato.
Há vários anos que os críticos de Israel consideram as posições de Gal Gadot um ataque às pretensões palestinianas e tentam censurar os seus filmes nos países do Médio Oriente.
No extremado conflito israelo-palestiniano, a atriz tem mantido posições moderadas e apoia a solução dos dois Estados, mas é um dos maiores símbolos internacionais do seu país, que defende em entrevistas e nas redes sociais, o que aumentou após os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023.
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