Segundo noticia a Agência France Press (AFP), os fãs vão reunir-se a partir da meia noite de hoje para conseguirem um bilhete numa das 7.800 salas de cinema que decidiram projetar o filme durante a madrugada.

Simultaneamente, um número muito mais elevado de salas está obrigado a projetar, desde finais de junho, uma longa metragem de propaganda que celebra os 90 anos da fundação do Partido Comunista Chinês.

«O gosto cinematográfico do público chinês está a refinar-se», estando a perder importância o critério da origem dos filmes e a ser mais valorizadas as histórias que eles contam, considera Rance Pow, especialista na indústria da sétima arte, ouvido pela AFP.


«Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 2»
, oitavo e último episódio da saga realizada por David Yates, ultrapassou já a barreira dos mil milhões de dólares de receitas em todo o mundo, enquanto os livros homónimos de J.K. Rowling já venderam mais de 400 milhões de exemplares.

As receitas de bilheteira na China cresceram 64 por cento em 2010, o maior crescimento mundial, ainda que os filmes estrangeiros exibidos no país estejam limitados a uma média de 20 por ano.

Ao mesmo tempo, os filmes chineses não conseguem concorrer com as películas de Hollywood, nem em número de ingressos, nem em orçamento e receitas, e algumas vozes críticas têm assinalado que a censura oficial está a bloquear a originalidade necessária à realização cinematográfica.

Por outro lado, os sites de partilha de ficheiros têm beneficiado com esta situação, colocando os filmes estrangeiros online a preços reduzidos.

@Lusa