
A notícia caiu como uma bomba em Hollywood há duas semanas: a Amazon MGM chegou a um acordo para ficar com o controlo criativo da saga James Bond após meses de disputas com os seus guardiões de sempre, os produtores Barbara Broccoli e Michael Wilson.
Agora e apesar da clara ambição de fazer de 007 uma nova Marvel, se o estúdio for inteligente espera por Christopher Nolan.
O site The Wrap falou com seis fontes de Hollywood sobre o acordo e o futuro, surgindo um forte consenso de que o vencedor dos Óscares com "Oppenheimer" continua a ser a principal escolha e o cineasta perfeito para revigorar James Bond.
"Se a Amazon quiser preservar o legado, deve fazer tudo o que for possível para conseguir o Chris Nolan e esperar por ele o tempo que for necessário", disse uma dessas fontes, descrito como um "produtor de topo envolvido em sagas".
Por agora, a agenda do realizador britânico está ocupada: começou no fim de fevereiro em Marrocos a rodagem da super produção "The Odyssey", baseada no poema clássico grego "Odisseia", de Homero, que chegará aos cinemas a 17 de julho de 2026 e junta um elenco impressionante que inclui Matt Damon, Tom Holland, Robert Pattinson, Anne Hathaway, Zendaya, Lupita Nyong'o e Charlize Theron.

Nolan já disse vários vezes que é um apaixonado pela saga de espionagem e que é evidente a influência na sua própria filmografia, com destaque para "Inception" (2010) e "Tenet" (2020).
Confirmou ainda que teve encontros com a família Broccoli. De facto, uma reportagem recente da Variety deu conta que quase avançou após "Tenet" para fazer o primeiro filme após o adeus de Daniel Craig em "007: Sem Tempo Para Morrer" (2021), mas desistiu porque os produtores não lhe davam o controlo criativo. Já nessa altura, a Amazon MGM terá feito forte pressão por Nolan antes das negociações falharem.
Em novembro de 2023, Nolan disse que "infelizmente não há verdade nesses rumores” quando lhe perguntaram para confirmar se estava em negociações para realizar "dois ou três filmes" da saga 007, que "em princípio" colocariam o agente secreto com licença para matar nos anos 1960, mais próximo dos romances de Ian Fleming.
Alguns meses antes, passou uma mensagem que não deixava lugar a equívocos sobre o que pretendia: "Adoro os filmes. Seria um privilégio incrível fazer um. Não se quereria fazer um filme sem estar completamente comprometido com o que se traz criativamente para a mesa. Portanto, como argumentista, o casting, tudo, é um pacote completo.”, disse no podcast Happy Sad Confused.
Daí que uma das fontes tenha dito ao The Wrap que pensa que "existe um desejo mútuo" para juntar Nolan e 007.
“Dado o facto de que Nolan expressou um forte desejo no passado de dirigir James Bond e também o enorme investimento que a Amazon fez nesta propriedade intelectual, deveriam começar com o Nolan e apenas com ele, e fazer o que puderem – dentro do razoável, o que é muito fluido na nossa indústria – para que resultasse", disse o produtor de topo.
E acrescentou: "Desconfio que vão fazer isso e também desconfio que há um forte desejo mútuo de fazer isso acontecer.”
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