A caminho dos
Óscares 2022
O filme, que acompanha várias pessoas sem-abrigo na costa oeste dos Estados Unidos, é dirigido por Kos, do Rio de Janeiro, em parceria com o americano Jon Shenk. Os dois estão nomeados na categoria de melhor documentário em curta-metragem.
Se a curta levar a estatueta, seria um reconhecimento para o Brasil, que no passado já participou da disputa sem sucesso: “Cidade de Deus” (2002) e “Central do Brasil” (1998) concorreram a melhor filme estrangeiro e “Democracia em Vertigem” (2019) a melhor documentário.
Já a longa-metragem “Diários de Che Guevara” (2004), do brasileiro Walter Salles, ganhou o prémio da Academia pela sua canção original, “Al otro lado del río”, do uruguaio Jorge Drexler.
Latinos nas animações
“Encanto”, da Disney, que acumula nomeações para melhor longa-metragem de animação, canção original e banda sonora, é uma carta de amor à Colômbia com um elenco diverso que permite ao público latino-americano ver-se representado no cinema.
Lin-Manuel Miranda, de 42 anos e ascendência porto-riquenha, abraçou os ritmos latinos para compor a banda sonora do filme, juntamente com a americana Germaine Franco. A banda sonora conta ainda com a participação dos músicos colombianos Sebastián Yatra e Carlos Vives.
Se a música “Dos Oruguitas” vencer, Miranda entrará no exclusivo clube dos “EGOT”, os vencedores do Emmy, Grammy, Oscar e Tony.
Outro filme que retrata a comunidade latina, a versão de Spielberg do clássico musical “West Side Story” colocou a americana de pai porto-riquenho Ariana DeBose, de 31 anos, na disputa pelo prémio de melhor atriz secundária.
Enquanto isso, “Nightmare Alley: Beco das Almas Perdidas”, do mexicano já vencedor do Óscar Guillermo del Toro, concorre a melhor filme, fotografia, direção artística e guarda-roupa. A longa é uma parábola sobre a natureza humana que se passa nos circos dos EUA nos anos 1940.
O Chile, por sua vez, marca presença este ano com “Bestia”, nomeado para melhor curta-metragem de animação. Inspirado na vida de Íngrid Olderöck, cruel torturadora da ditadura de Augusto Pinochet, o filme em stop-motion é dirigido por Hugo Covarrubias e Tevo Díaz.
Além de “Encanto”, mais duas longas animados nomeadas ao Óscar contam com nomes latinos. O mexicano Carlos López Estrada é um dos quatro realizadores de “Raya e o Último Dragão” e o americano de ascendência cubana Phil Lord é produtor de “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”.
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